Técnicos que monitoram o avanço das manchas de petróleo no Nordeste analisam a possibilidade de aumentar a vazão das usinas hidrelétricas do Rio São Francisco para evitar que o óleo avance para dentro do curso de água. O material já foi encontrado na foz do rio, na divisa de Alagoas e Sergipe.
Como a água do mar avança diversos quilômetros rio adentro nos horários de baixa, a ideia é liberar maior volume das hidrelétricas para evitar esse deslocamento. Ontem sexta-feira, 11, numa sala de acompanhamento da operação do Sistema Hídrico do Rio São Francisco teve uma reunião extraordinária na sede da Agência Nacional de Águas (ANA), e por videoconferência, para discutir o assunto.
Nesse reunião, representantes de Alagoas e Sergipe apresentaram a situação de momento na região da desembocadura do São Francisco atingida pela mancha, além das medidas que são tomadas para minimizar os impactos constatados no Baixo São Francisco. O Rio São Francisco nasce na Serra da Canastra (MG) e chega ao Oceano Atlântico, entre Alagoas e Sergipe, após se estender por, aproximadamente, 2.800 quilômetros, passando por Minas Gerais, Bahia, Pernambuco, Alagoas e Sergipe.
O Velho Chico é o rio 100% nacional com maior extensão. A bacia drena territórios de 503 cidades e engloba parte do Semiárido, que corresponde a cerca de 58% dessa bacia hidrográfica, que está dividida em quatro unidades: Alto, Médio, Submédio e Baixo São Francisco. Em seu percurso, há 11 barragens de hidrelétricas, sendo a de Sobradinho a maior delas, que funciona como um reservatório de regularização de água para as demais.
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