CASO BEATRIZ 3 ANOS E 10 MESES: DOR, ANGÚSTIA E ESPERANÇA UNEM MÃES DE FILHOS ASSASSINADOS EM PETROLINA E JUAZEIRO

10 de Oct / 2019 às 13h00 | Policial

Nesta quinta-feira 10 completa 3 anos e dez meses do brutal assassinato da menina Beatriz Angelica Ferreira Mota, de sete anos, que morreu ao ser atingida por 42 golpes de faca durante uma festa de formatura na Escola Nossa Senhora Auxiliadora.

Até o momento ninguém foi preso. Para o perito George Sanguinetti "a cada dia que passa é a verdade que foge". A Polícia Civil conseguiu imagens que revelam a face do autor do crime.

Para os investigadores, não há dúvidas de que o homem que aparece nas filmagens de câmeras de segurança de estabelecimentos próximos ao Colégio Nossa Senhora Auxiliadora, onde ela estudava, é o assassino. O Disque-Denúncia oferece recompensa para quem tiver informações sobre a localização do homem.

Segundo a investigação, antes de cometer o assassinato, o suspeito ficou por duas horas na frente da escola atuando como se fosse flanelinha e teve contato com várias pessoas que foram à festa. "Há indícios de que o crime foi premeditado. Ele passou horas esperando a diplomação para entrar no colégio', relatou a delegada do caso da época.

Os pais de Beatriz dão a cada dia sinais de insatisfação com a morosidade com que o caso vem sendo apurado e informou que a família continua buscando apoios para viabilizar a abertura do inquerito e a quebra do sigilo de algumas informações. A solicitação para federalizar as investigações foi solicitada pelos pais de Beatriz, Sandro e Romilton.

“Muita coisa estranha acontece, a polícia está apurando os fatos, dentro da sua lógica investigativa, entendemos isso, mas algumas respostas são urgentes. Por exemplo, porque as imagens das Câmaras da escola foram apagadas? Quem mandou apagar? Por quê?”, questionam Sandro  Romilton e Lucia Mota.

Recentemente Lúcia Mota e Sandro denunciaram a Polícia Civil "que estão sendo perseguidos e o carro deles tem sido seguindo e por isto já solicitaram investigação dos fatos que vem ocorrendo".

No ano de 2017 os pais de Beatriz protocolaram a Câmara de Vereadores de Petrolina a solicitação para a instalação de uma Comissão Especial de Inquérito com o objetivo de investigar crimes de omissão por parte de agentes públicos que vem sendo praticados em Petrolina. 

A reportagem deste Blog Geraldo José enviou email para o Departamento de Investigação da Polícia Civil de Pernambuco solicitando informações sobre o andamento das investigações.

Esta semana o presidente da Comissão de Direitos Humanos da Câmara Municipal de Petrolina, o vereador Professor Gilmar Santos (PT) não "aceitou" a ida do advogado Wank Medrado ao Legislativo na última terça-feira (8). Wank Medrado  faz a defesa de Allinson Henrique Carvalho, ex-funcionário do Colégio Maria Auxiliadora, que é suspeito de ter apagado as imagens das câmeras de vigilância da instituição na noite de 10 de dezembro de 2015.

Através de nota “A Câmara Municipal disse que que apenas cumpriu com o Regimento Interno da Casa, que prevê em seu Artigo 102, Parágrafo Único, que o Grande Expediente será dividido em duas partes: a primeira para uso da tribuna pelos Vereadores, antecedendo a Ordem do Dia; a outra parte para uso da tribuna livre por autoridades e personalidades diversas”.

A nota ressalta ainda que “em nenhum momento a Câmara Municipal de Petrolina cerceou o direito de Lúcia Mota de participar da Tribuna Livre. Muito pelo contrário: além de ter recebido por duas vezes os pais de Beatriz, a Câmara ainda autorizou o uso do espaço do plenário para que eles concedessem uma entrevista coletiva à imprensa, no dia 9 de março de 2016”.

Quem tiver informações que possam auxiliar a polícia pode usar os números da Ouvidoria SDS - 181, WhatsApp -(87) 9 9911-8104 e Disque-Denúncia  (81) 3421-9595, (81) 3719-4545. O sigilo é garantido.

Também prestes a completar quatro anos também marca a dor, angústia e esperança da mãe do jovem Alisson Dantas, de 18 anos, assassinado no bairro Quati, Zona Norte de Petrolina.

As duas mães, Lúcia Mota e Ana Claudia Dantas estiveram ano passado na Frente ao Forum de Petrolina, para clamar justiça. O Grupo de Mães Anjo do Vale (Juazeiro Bahia) foi solidário ao ato.

Já o crime ocorrido no dia 30 de outubro de 2015, de acordo com a polícia, o jovem foi atingido por vários golpes de facão, por um vizinho que acusou o garoto de usar a internet da casa onde morava através da rede wifi.

Segundo o inquérito policial, Alisson foi assassinado por vários por golpes de falcão na cabeça, membros inferiores e superiores. Ele teve a mão decepada, um dedo da mão direita e sofreu traumatismo craniano. Alisson morreu depois de passar três dias internado na Unidade de Terapia Intensiva (UTI), do Hospital Universitário.

Nesta quarta a familia de Beatriz Angelica Mota divulgou uma nota:

Confiram na integra:

Respeitem a memória de Beatriz

No último dia (08) terça-feira Lucinha Mota e o Grupo Somos Todos Beatriz realizaram um ato de repúdio contra os vereadores da Câmara Municipal de Petrolina, em especial os vereadores Ronaldo Cancão (PTB) e Cristina Costa (PT), que mesmo sem seguir os ritos internos da casa, chancelaram a participação do advogado Wank Medrado, com a simples intenção de defender seu cliente Alinson Henrique, que é RÉU acusado de obstrução da justiça, falso testemunho e fraude processual no Caso Beatriz.

Qual a verdadeira intenção dessa participação na tribuna livre na Casa Plínio Amorim? Quais os reais interesses dos edis Ronaldo Cancão e Cristina Costa? Será que todos têm realmente direito de usar a tribuna livre e expressar ou trazer suas demandas pessoais (individuais)? As solicitações que foram protocoladas oficialmente no dia 04/04/2017 pelos pais de Beatriz foram atendidas?

Pois bem, o presidente da Casa, o vereador Osório Siqueira (PSB), em entrevista afirma que as solicitações dos pais de Beatriz não foram atendidas por falta de um protocolo. Porque ele falta com a verdade? Porque não foi criada a comissão para fiscalizar os crimes praticados pelo Colégio Maria Auxiliadora como foi pedido?

Perguntaram pelo menos a Wank Medrado porque o funcionário foragido Alinson Henrique não entregou as imagens do assassino de Beatriz para a polícia no dia do crime? E sobre esse laudo pericial que tanto Wank falou, o perito contratado pelo mesmo teve acesso aos equipamentos originais (DVRs e HDs) para obter esses resultados que inocentam Alinson?

Entendemos que essa participação foi uma grande imoralidade e falta de respeito com a memória de Beatriz. Como advogado Wank Medrado sabe que para inocentar seu cliente os meios legais são através do Ministério Público ou até mesmo junto a delegada presidente do inquérito, Dra Poliana Nery. E porque ele não faz isso?

Se não respeitarmos as outras pessoas não seremos respeitados por elas. Assim como, se não respeitarmos a nós mesmos ninguém nos respeitará. Os vereadores de Petrolina, que participaram dessa plenária, realmente não representam Beatriz!

Família de Beatriz Angélica Mota

Redação Blog FotoS: Ney Vital

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