Cumprindo uma tradição que ocorre desde 1947, quando o diplomata Oswaldo Aranha presidiu a Assembleia-Geral das Nações Unidas (ONU) em dois momentos, o presidente da República do Brasil, Jair Bolsonaro, abre a 74ª conferência nesta terça-feira (24/9), em Nova Iorque.
O presidente negou que a floresta amazônica esteja sendo devastada: "A Amazônia não está sendo devastada e nem sendo consumida pelo fogo, como diz a mídia. Não deixem de conhecer o Brasil. Ele é muito diferente do que é estampado pelos jornais."
Bolsonaro na ONU: 'É falácia dizer que Amazônia é patrimônio da Humanidade'
O presidente Jair Bolsonaro defendeu nesta terça-feira (24/9), em seu discurso inaugural da Assembleia-Geral das Nações Unidas a soberania do território brasileiro.
"É uma falácia dizer que a Amazônia é a herança da humanidade, e um equívoco confirmado pelos cientistas dizer que nossas florestas são os pulmões do mundo", afirmou. Também criticou que "outro país, baseado nas mentiras da imprensa internacional (...) tenha se portado de forma desrespeitosa e colonialista, atacando nossa soberania".
Bolsonaro faz menção a uma passagem da Bíblia. “A verdade vos libertará”. Diz que “com humilidade”, a ONU poderá contar com um novo Brasil. Especialistas já consideram que Bolsonaro fez um discurso corrosivo, falando em “velho ambientalismo”, socialismo, ditadura em Cuba e Venezuela. Antecedeu Donald Trump que deve discursar numa linha similar para atacar o mundo.
Bolsonaro também atacou o "politicamente correto" e o que chamou de "ideologia"que tenta "corromper a família": "A ideologia se instalou na Cultura, na educação e na mídia". Lembrou o atentado que sofreu durante a campanha eleitoral de 2018 e o atribuiu à esquerda. Disse ter sobrevivido por um milagre.
Tradicionalmente, cabe ao presidente do Brasil fazer o discurso de abertura da Assembleia Geral, seguido do presidente dos Estados Unidos. Bolsonaro chegou na tarde de ontem (23) a Nova York para o compromisso. Pelas redes sociais, o presidente disse que o discurso seria “a oportunidade de apresentar ao mundo o Brasil que estamos construindo”.
“Durante as últimas décadas nos deixamos seduzir por sistemas ideológicos”, diz Bolsonaro em seu discurso, mencionando o domínio ideológico em empresas de mídia e universidade, e exalta valores de família. Fala em perversão de “nossas crianças” para bater na ideologia de gênero.
© Copyright RedeGN. 2009 - 2024. Todos os direitos reservados.
É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita do autor.