O tradicional desfile do 'Grito dos Excluídos' na Bahia, este ano, foi marcado por críticas ao governo do presidente Jair Bolsonaro (PSL), mas também por homenagens aos 32 anos do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST). Neste sábado, 7 de Setembro, dia da Independência do Brasil, o deputado federal Valmir Assunção (PT-BA), oriundo do movimento de luta pela terra, foi para as ruas de Salvador com militantes para defender a atuação do MST e das políticas de reforma agrária. "São tempos difíceis para os trabalhadores e trabalhadoras do campo e da cidade, mas temos a certeza que o povo vai virar esse jogo. Vamos voltar a defender nossa autonomia, e vamos voltar a colocar a reforma agrária no centro do debate", salienta o parlamentar ao lado da candidata à Presidência do PT na Bahia, Vera Lúcia Barbosa, a 'Lucinha do MST'.
Valmir lembrou dos ativistas que "tombaram" durante a luta por igualdade no país. "São 32 anos de luta e muita história do MST, companheiros foram mortos, massacres foram legitimados e justificados e não podemos concordar que um presidente incentive a violência no campo. Isso vai aumentar o número de inocentes mortos por ação de latifundiários", completa Assunção. Para Lucinha, é importante seguir na rua, com o povo e os movimentos do lado. "O PT vai comandar o retorno do povo ao poder. Com Lula livre, teremos voz novamente", frisa. Na última semana, via governo federal, o Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) resolveu pedir a reintegração de posse do Centro de Formação Paulo Freire, localizado no Assentamento Normandia, em Caruaru (PE). Para o deputado, "isso é mais uma das ofensivas contra o MST do governo Bolsonaro". A reintegração foi determinada na 24ª Vara Federal, no município pernambucano.
O centro de formação pertence ao Assentamento Normandia, criado em 1998. À época, o próprio Incra orientou o MST a utilizar a casa sede, onde funciona o centro, para fins coletivos de capacitação dos assentados de Pernambuco. "Bolsonaro tem incentivado essas ações em todo o país. Então, com seu consentimento, muitos aliados estão em ofensiva para tentar isolar o MST e outros movimentos sociais ligados à luta pela terra. Papel que vem fazendo o governo federal desde que assumiu para agradar as bancadas da 'bala' e 'ruralista'. Por isso precisamos de Lula nas ruas, pois somente ele defende o povo", completa Valmir, que caminhou ao lado da dirigente nacional do MST, Lucinéia Durães, a popular Liu. Ambos reafirmaram "que o movimento vai seguir na luta pela liberdade do ex-presidente petista".
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