O São Francisco é um dos rios mais importantes do Brasil, seja por questões históricas ou, principalmente, econômicas. Com mais de 2800 km de extensão, e atravessando cinco estados diferentes, o Velho Chico sempre foi utilizado para a geração de energia elétrica e também para a navegação marítima no país. Porém, nos últimos anos, algumas regiões ao redor do rio se transformaram em referências para a agricultura nacional mais desenvolvida.
Durante as cheias do rio, como explica o portal Mundo Educação, a bacia de 639.219,4 km² permite que a agricultura nas proximidades seja bastante eficiente. Na região do nordeste, onde se encontra 62,5% de toda a estrutura, acabou sendo criada uma oportunidade para o crescimento econômico da localidade sem que houvesse dependência direta da produção de energia ou então do uso da água apenas para transporte de mercadorias.
Em 2017, por exemplo, a cidade de Juazeiro virou uma referência ao conseguir gerar empregos formais mesmo durante a crise financeira do país. O principal motivo foi a agricultura na região próxima ao Velho Chico, que conseguiu fazer com que quase 5 mil novas vagas de trabalho surgissem na região. O antigo Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços, extinto neste ano, indicava um crescimento nas exportações de quase 30% em comparação a períodos anteriores.
Essas mudanças na agricultura da região acontecem por um motivo simples, mas que demanda um investimento alto. O avanço tecnológico no setor está permitindo uma melhor utilização da água do rio São Francisco para irrigação das plantações próximas. Por isso, os polos de fruticultura do país estão começando a se concentrar na Bahia, fazendo com que o Velho Chico seja uma referência para a agricultura moderna.
Agricultura e tecnologia
Novos dispositivos e tecnologias avançadas têm mudado a agricultura no Brasil, assim como acontece em outras regiões do mundo. A utilização de ferramentas como drones e inteligência artificial tem feito com que os trabalhos no campo fiquem mais eficientes. Esses avanços tecnológicos podem também vir de algo mais simples, como um GPS ou um smartphone.
Segundo reportagem do portal Canal Rural, a utilização de smartphones no campo já atinge 20% do Brasil. Este equipamento permite que os funcionários tenham controle de todo o ambiente da plantação de forma mais eficiente. A principal mudança foca na irrigação agrícola, que pode fazer com que diferentes regiões recebam água em diferentes quantidades.
Isso está acontecendo em regiões próximas ao rio São Francisco, onde os trabalhadores conseguem dispor de água mesmo em períodos de seca no nordeste. A ideia é distribuir a água de maneira inteligente, utilizando equipamentos modernos, e assim ter uma reserva maior quando a quantidade de água disponível não for o suficiente. É uma forma de preservar tanto a região como também os ganhos com a agricultura.
A tecnologia de telas touchscreen, por exemplo, por meio da qual uma pessoa consegue, simplesmente tocando a tela do celular, acessar filmes e seriados da Netflix, ouvir músicas em plataformas como o Spotify ou acessar sites como Betway cassino online como forma de entretenimento em suas horas de lazer seria algo impossível no passado. Ainda mais quando falamos da região campestre. Porém, reportagens mostram que alguns fazendeiros já controlam o solo, a temperatura, a irrigação e todo o sistema em vários hectares com o uso da tecnologia touchscreen. Entretanto, para ter disponível um serviço desses, o investimento precisa ser alto.
Outros avanços
Recentemente, o uso do Velho Chico para abastecer diferentes regiões do nordeste voltou a entrar em pauta. A ideia de realizar uma integração da bacia e tentar beneficiar diferentes regiões que sofrem com a escassez de água sempre existiu. Em 2019, a empresa Arcadis tem sido uma das companhias responsáveis por isso e já anunciou um impacto direto em 12 milhões de habitantes em 360 municípios, que teriam maior acesso à água potável.
Porém, o cuidado com o meio ambiente também precisa existir, e é justamente aí que a tecnologia pode entrar como ajuda. Um GPS inteligente e outros tipos de dispositivos tecnológicos podem fazer com que a integração do rio em diferentes regiões aconteça da melhor maneira possível. Além disso, utilizar a água do São Francisco de maneira inteligente também é algo que impede a deterioração da fauna e da flora de toda a região.
Mas esse tipo de tecnologia chega aos poucos aqui no Brasil. Conhecida como Agricultura 4.0, esses trabalhos que focam em precisão podem gerar um impacto no mercado de R$ 500 bilhões, o que consiste em cerca de 20% do PIB nacional. Enquanto isso, até que a tecnologia seja uma parceira mais sólida dos trabalhadores do campo, é importante que cuidemos e aproveitemos o potencial que o Velho Chico oferece aos brasileiros.
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