Quando pensamos em frutas, legumes, verduras frescas, lembramos das feiras livres e consequentemente nos feirantes. No dia 25 de agosto comemora-se o dia desses trabalhadores presentes pela tradição no cotidiano de muitos brasileiros. Esses comerciantes têm passado por transformações provocadas pela tecnologia e novas formas de consumo. Desde a importância da formalização, garantia de certificação de alguns produtos, comércio de orgânicos a estratégias inovadores de venda.
A preocupação cada vez maior com a saúde e legislação sobre agrotóxicos mais branda fez os alimentos orgânicos ganharem destaque na mesa dos consumidores e nas feiras livres, levando muitos produtores e feirantes a investir no segmento. Outra mudança no dia a dia das cidades médias e grandes é a falta de tempo de muitas pessoas para freqüentar as feiras livres. Existem oito espalhadas por bairros e distritos, as mais conhecidas são a da Areia Branca e da Cohab Massangano. No mês de junho a Prefeitura Municipal inaugurou mais uma, o primeiro Mercado Público de Alimentos Orgânicos do Nordeste, com 28 bancas onde é possível encontrar grande variedade de verduras, legumes, frutas e doces.
Atento ao consumo de orgânicos e disposto a atender esse público, o produtor rural e feirante Julio Militão, que tem uma banca no Mercado Orgânico de Petrolina, fornece para hortifrutis se organizou para levar aos clientes os produtos que eles precisavam. Oferecendo uma grande quantidade de frutas, legumes e verduras orgânicas, ele realiza o processo utilizando a internet. O cliente entra em contato por meio do aplicativo whatsapp, escolhe o tamanho da cesta que deseja para aquela semana e os produtos e os recebe em casa. A entrega é feita por motoristas de aplicativos de transporte com que o produtor fechou parceria. “O maior faturamento da empresa é nas feiras da cidade, mas ainda hoje cerca de 20% dos produtos são comercializados utilizando o whatsap, explica Militão.
Outro aspecto destacado pelo empreendedor é a importância da formalização dos feirantes como empreendedores individuais para o crescimento do negócio. A partir da formalização, Julio Militão conseguiu superar entraves burocráticos para vender seus produtos para outros estados e comprar de outros produtores do Brasil para revender. “Com a formalização fica mais fácil comprar e vender, garante a rastreabilidade dos produtos, vem com nota fiscal e consigo provar que produtor vendeu o produto a minha empresa”, afirma.
De acordo com a gerente da Unidade do Sebrae no Sertão do São Francisco, Edneide Libório, destaca a importância da formalização para feirantes e seus benefícios .“O feirante pode abrir uma empresa de forma simplificada e gratuita, a exemplo do MEI (Microempreendedor Individual). Através da formalização ele tem acesso a benefícios como o direito à Previdência Social, a possibilidade de participar de licitações, de emitir nota fiscal e ter mais acesso a linhas de crédito”, explica.
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