A 'crise ambiental' tem tirado ativistas, políticos e organizações não governamentais do sério, principalmente devido aos discursos controversos e sem embasamentos do presidente Jair Bolsonaro (PSL) sobre o aumento do desmatamento na região amazônica. Esta semana o deputado federal Valmir Assunção (PT-BA) elevou o tom do debate e disse que o governo Bolsonaro é conivente com a situação.
"A crise ambiental é assustadora justamente porque Bolsonaro, também nessa área, não apresenta uma proposta para impedir as queimadas, para impedir o desmatamento. Ao contrário, o que acredito é que tudo que está acontecendo na região amazônica é um acordo do presidente da República com a bancada do agronegócio. Isso para justificar a expansão do agronegócio naquela região", denuncia.
Valmir faz um diagnóstico da situação do país e diz que o "momento é delicado". "Em todas as áreas é crise de todo jeito. Para a crise econômica, o presidente Bolsonaro não apresenta nenhum programa, nenhuma ação para gerar emprego. Cada dia que passa aumenta mais o desemprego. Por outro lado, vem a crise ambiental que os dados são assustadores. Lógico que aí as queimadas vão favorecer a ação predatória de latifundiários e ruralistas naquela região. Então, por isso, eu acredito que a destruição do meio ambiente na região amazônica é uma estratégia do presidente com a bancada ruralista para as queimadas acontecerem, destruírem o meio ambiente e a partir daí o agronegócio se implementar naquela região. Tanto é assim que o governo vai dispensar R$3,5 bilhões do fundo amazônico para preservação da natureza e Bolsonaro concordou com isso".
Assunção tratou ainda da lista com cerca de 17 estatais que serão vendidas pelo governo. "A crise só aumenta. Esse processo de privatização do estado brasileiro é uma vergonha. Já privatizaram a previdência com a reforma da previdência. E como é que esse Brasil vai sobreviver, como é que o povo vai sobreviver se tudo vai para a iniciativa privada?", questiona. Valmir completa dizendo que os parlamentares precisam reagir "e não aceitar um governo entreguista, que destrói o país e a gente achando que o presidente é louco. Ele não é louco, é uma pessoa a serviço dos norte-americanos, dos ricos do Brasil, e está implementando um programa para impedir que a população tenha oportunidade, por isso que a crise é cada vez mais aprofunda e a população cada vez mais pobre".
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