O ministro Luiz Edson Fachin votou, nesta terça-feira (13), a favor da abertura de ação penal contra o baiano Aroldo Cedraz, ministro baiano do Tribunal de Contas da União (TCU), e o filho dele Tiago Cedraz, que é advogado. O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) também votou pelo afastamento do baiano do cargo até o fim do processo, caso a denúncia seja aceita pela Corte. O julgamento foi suspenso e será retomado no dia 27 de agosto.
De acordo com o G1, ainda faltam os votos de quatro ministros: Gilmar Mendes, Ricardo Lewandowski, Celso de Mello e Cármen Lúcia, presidente da Segunda Turma, que analisa a denúncia.Fachin entende que há elementos suficientes na acusação apresentada pela Procuradoria Geral da República (PGR) para que os dois virem réus pelo crime de tráfico de influência.
O Tribunal de Contas da União (TCU) arquivou a investigação que apurava a suspeita de tráfico de influência do advogado Tiago Cedraz nos gabinetes do pai e do atual presidente da corte, Raimundo Carreiro. Mesmo antes da conclusão do inquérito que apura o caso – que tramita no Supremo Tribunal Federal (STF) – a decisão pelo arquivamento foi tomada por unanimidade.
Segundo a Folha, a apuração no TCU foi aberta em 2015, após delação premiada do empresário Ricardo Pessoa, da UTC, na Operação Lava Jato. Pessoa disse ter feito pagamentos a Tiago para obter informações privilegiadas no TCU e também para conseguir decisão que favorecia a empreiteira em processo sobre as obras da usina de Angra 3. Outros colaboradores reforçaram as acusações. Questionados, Tiago, Aroldo e Carreiro sempre negaram envolvimento nas acusações.
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