A obesidade não atinge apenas as pessoas, mas também os animais. Dados recentes indicam que mais da metade dos pets estão em algum grau de sobrepeso. Dentre as causas mais comuns, podemos identificar a má alimentação e o sedentarismo. “Cães considerados gordos, geralmente, não comem apenas ração. Além disso, são bichinhos que não fazem exercício físico. Esses dois fatores por si só já causam problemas à saúde canina, juntos prejudicam ainda mais os animais”, revela o veterinário da Nutrire, Dr. Thiago Marçal.
Outro fator que pode levar à obesidade é a rotina alimentar, ou seja, a maioria dos cães possuem alimento à disposição o dia todo, ingerindo mais do que necessitam para uma vida saudável. “A alimentação deve ser como o de uma criança pequena, com horários certos e porções definidas - essa medida em específico deve ser de acordo com o peso do cão e precisa constar nas embalagens das rações secas”, explica.
A queima de energia também é uma necessidade do pet, visto que o mesmo precisa exercitar os músculos para se manter ativo e bem disposto, além de crescer saudável. “O ideal é que o cãozinho pratique caminhadas ao menos duas vezes ao dia. Isso, claro, de acordo com seu estado de saúde, raça e outras peculiaridades definidas pelo médico veterinário”, conta Marçal.
A obesidade é um problema com consequências sérias para os pets, como doenças articulares e de coluna, diabetes canina, aparecimento de distúrbios respiratórios e disfunções cardíacas. Fora a questão física, pois o sedentarismo também pode deixar o cão deprimido.
“A artrite é uma doença causada geralmente pelo excesso de peso, muito embora algumas raças tenham predisposição para isso. Porém, animais gordos forçam suas articulações além do recomendável”, diz. Os pulmões de um cão obeso, por exemplo, têm menos espaço para a entrada do ar, ou seja, o esforço para absorver oxigênio é muito maior do que para um pet que está no peso ideal. “Os problemas respiratórios oriundos desse processo são muito comuns”, completa.
Sem falar em diabetes, problemas cardiovasculares, pressão sanguínea alta, entre outras doenças decorrentes da obesidade. “É fundamental que o tutor compreenda que o animal precisa ingerir os alimentos feitos especificamente para ele, pois têm a quantidade exata de nutrientes, vitaminas, minerais e tudo mais que sua saúde pede. “Preparar comida caseira para o pet não é proibido, mas deve haver um acompanhamento por um veterinário especialista em nutrição, para que a dieta seja balanceada e atenda todas as necessidades do cão”, acrescenta o veterinário.
Como prevenir a obesidade?
Os pets precisam de acompanhamento médico, inclusive para controle da alimentação. O veterinário é a pessoa certa para indicar o melhor alimento para cada tipo de animal, levando em consideração idade, tipo físico, problemas de saúde e outras informações. Não alimente seu bichinho de estimação com restos que sobraram das suas refeições, priorize a ração seca indicada pelo especialista.
Os petiscos são uma forma de agradar o pet e não estão proibidos, mas não pode ser toda hora. Ofereça apenas agrados feitos especificamente para animais. E não esqueça dos exercícios físicos. “O passeio pode ser pelo bairro mesmo, sem muito esforço. Porém, é interessante que o cachorro movimente-se todos os dias. Quando não for possível levá-lo para caminhar ou correr, exercite-o dentro de casa com os brinquedos que ele gosta”, indica.
Por fim, Marçal alerta que a obesidade também pode ser consequência de algum outro transtorno. Se o seu cão ou gato aumenta de peso mesmo comendo apenas a ração, pode ser o caso de distúrbios hormonais como o hipotireoidismo, por exemplo. “É preciso estar sempre atento ao peso do pet”, conclui.
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