O rompimento das barragens de Quati, no município de Pedro Alexandre, Bahia e em Mariana e Brumadinho, Minas Gerais tem levantado uma série de discussões sobre a segurança dos rios e açudes pelo país.
Petrolina e Juazeiro, Lagoa Grande e Santa Maria da Boa Vista, Belém do São Francisco e Paulo Afonso (Ba), Piranhas (AL), as populações ribeirinhas que vivem às margens do Rio São Francisco, na região das Usinas Hidrelétricas sempre ficam em estado de alerta quando escuta informações de impactos causados por rompimentos de barragens.
O pescador José de Ataíde diz que nunca ouviu ou foi chamado para qualquer discussão sobre segurança da barragem de Sobradinho, Bahia. " A reportagem deste Blog Geraldo José solicitou ao setor de engenharia da Chesf Sobradinho, Bahia informações sobre o Plano de Segurança da Barragem e Plano de Ação de Emergência. Até o momento não obtemos respostas.
"No momento em que fazia uma palestra sobre SEGURANÇA DE BARRAGENS, na cidade de Ibimirim, Pernambuco por ter a montante da vida o maior açude do estado, Açude Poço da Cruz do DNOCS, sem Plano de Segurança de Barragens e sem PAE (Plano de Ação de Emergência). No exato momento recebemos a notícia de que mais uma barragem rompia ou extravasava na Bahia".
A declaração acima é de Almacks Luiz Silva, graduado em Gestão Ambiental com especialização em Recursos Hídricos, Saneamento e Residência Agrária em Tecnologias Sociais e Sustentáveis no Semiarido, e membro do Comitê Hidrográfico da Bacia do São Francisco.
"A engenharia diz que não existe obra civil 100% segura.Precisamos ser agentes fiscalizadores especialmente com as barragens pelo grande impacto que a sua ruptura pode causar", declarou Almacks.
No início deste ano, a Companhia Hidro Elétrica do São Francisco (Chesf), considerando notícia divulgada na imprensa e em redes sociais a respeito da existência de vazamentos de água nas barragens de Paulo Afonso IV e Moxotó, prestou esclarecimentos ressaltando "que a Chesf lida e detém experiência, há mais de 60 anos, com barragens de grande porte que fazem parte dos seus empreendimentos hidrelétricos. Como parte das suas ações, realiza um criterioso programa de manutenção das instalações, contemplando o devido monitoramento e inspeções nas estruturas civis das barragens, de acordo com o Plano de Segurança de Barragens, atendendo as exigências da Legislação Federal e Regulamentação ANEEL.
Em continuidade às ações de divulgação do Plano de Ação de Emergência (PAE), a Companhia Hidro Elétrica do São Francisco (Chesf) realizou, nos dias 12 e 13 de março, seminários com a presença de representantes das Defesas Civis dos 28 municípios próximos à Usina de Xingó (AL/SE), a maior do parque gerador da Chesf.
Foram feitas apresentações sobre as características das barragens hidrelétricas, com explicações sobre sua estrutura e sistema de monitoramento, demonstrando que a Companhia vem cumprindo com todas as normas técnicas e realiza, sistematicamente, manutenções, avaliações e inspeções em suas instalações.
“As barragens da Chesf são bastante seguras e a Empresa está empenhada em estreitar o relacionamento com as defesas civis dos Estados e municípios, cumprindo as normas legais e contribuindo para a segurança de todos em casos excepcionais”, afirmou o diretor de Operação da Chesf, João Henrique Franklin.
Durante os seminários, os diretores João Franklin e Roberto Pordeus (Engenharia e Construção) destacaram as especificidades das barragens hidrelétricas e o trabalho criterioso de manutenção.
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