O ministro da Justiça e Segurança Pública, Sergio Moro, ficará afastado do cargo na próxima semana “para tratar de assuntos particulares”. O período de afastamento do ministro se dará de 15 a 19 de julho. O despacho presidencial que autoriza a licença de Moro está publicado no Diário Oficial da União (DOU) desta segunda-feira, dia 8, sem mais informações sobre os motivos da decisão.
O ministro vem sofrendo desgastes com a divulgação de diálogos que mostram que ele orientou ilegalmente os procuradores da Lava Jato quando era juiz federal da primeira instância em Curitiba.
Na edição da semana passada, VEJA em parceria com o The Intercept Brasil revelou conversas inéditas que mostram que Moro avisou Dallagnol que o Ministério Público Federal tinha esquecido de incluir uma prova que reforçaria a acusação contra pessoas citadas na denúncia que ele estava prestes a aceitar.
Em outra mensagem, uma delegada da Polícia Federal diz que Moro pediu para que não houvesse pressa em anexar aos autos uma planilha que poderia levar o caso ao Supremo Tribunal Federal (STF) por envolver políticos com foro privilegiado.
O Ministério da Justiça e Segurança Pública explicou, por meio de sua assessoria, que o afastamento de Moro se trata de uma licença não remunerada prevista em lei. “Por ter começado a trabalhar em janeiro, o ministro não tem ainda direito a gozar férias. Então, está tirando uma licença não remunerada, com base na Lei nº 8.112, de 11 de dezembro de 1990”, informou a assessoria do ministério.
Segundo um auxiliar da pasta, a licença já estava sendo planejada desde que o ministro assumiu, e não tem a ver com o cenário atual de pressão sobre Moro.
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