Juazeiro está de luto
Morreu seu filho mais louco e impoluto
Arregaça/João Doido
Major Zinho
Euvaldão/ Zé Maurício/Durin Durin/ Dedé Pereira de Oliveira eram loucos de brincadeira
Perto de João
Bebel Gilberto fez um papel feio
E arranjou um jeito
De impedir
João de se gerir
João não era morredor
Vai joão
Trinca os dentes
E desafina o coro dos contentes
Era inoxidável
Que papel é esse Bebel
Não foi uma ideia bacana
Esse papo de mil por semana
Não da pra mim
Quanto mais pra ele
O mundo silenciou
Morreu o homem
Que ouvia o silêncio
Daqui a cinco mil anos falarão dele
Biscoito fino
Para alimentar
E depurar os ouvidos
Das futuras gerações
João é papa
João e o violão
Silêncio no pé da banca
Na ilha do fogo
E no cabaré da Vanda
Silêncio no mocotó do mestre Coquinho
E no caldo da madrugada
Em Pedro Pirulito
Chora, juazeiro, chora
João foi simbora
Nunca teve ruim
Até João chegar ao fim
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