A ministra da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Tereza Cristina, em resposta ao Blog Geraldo José que publicou reportagem ACORDO ENTRE O MERCOSUL E UNIÃO EUROPEIA NÃO AGRADA AMBIENTALISTAS e com, exclusividade, alertou que uso de agrotóxicos e o fato de não beneficiar a agricultura familiar, causava o repúdio de diversas entidades ligadas aos movimentos sociais provocou de imediato a resposta do ministério.
A ministra afirmou ser o tratado “confortável” e de acordo com o que o Brasil e a agricultura brasileira queriam e também negou que as recentes autorizações para o uso de agrotóxicos até então proibidos no Brasil também possam resultar em mais barreiras comerciais contra o país. “O Brasil não ultrapassa nenhum dos limites de resíduos nas suas exportações. Assinamos e temos assinado protocolos internacionais que precisam ser cumpridos, e todos são cumpridos”, disse. “Tem muita gente misturando assuntos que não se misturam e não se confundem”, acrescentou.
O acordo trata do livre comércio assinado entre Mercado Comum do Sul (Mercosul) e União Europeia. Segundo Tereza Cristina, o acordo será benéfico tanto para o Mercosul quanto para a União Europeia e deve ser aprovado pelo Congresso Nacional nos próximos dois anos.
Tereza Cristina ressaltou que, muitas vezes, a questão ambiental é usada por países europeus como estratégia para garantir mercados. “Eles são muito protecionistas. Querem denegrir a imagem do Brasil no meio ambiente para fazer com que o comércio seja impedido. Não acredito que nossos produtos tenham algum tipo de problema. Pelo contrário: eles [produtos brasileiros] são cada vez mais consumidos no mundo. E a Europa precisa deles.”
“Os impactos são, na grande maioria, benéficos ao Brasil, principalmente para a agricultura brasileira. Tivemos vários produtos que tiveram a alíquota reduzida a 0, e outros com reduções significativas. Isso destrava o Brasil e traz modernidade à nossa agricultura".
“Brasil e Estados Unidos são os dois únicos países que podem suprir a falta de alimentos que teremos nos próximos 30 anos. São as duas potências alimentares do mundo, e a Europa sabe disso. Existem produtores franceses e irlandeses que querem essa reserva de mercado que o atraso deixou muito tempo para o Brasil. Mas acho que o Brasil foi lá, chutou o pênalti e fez o gol”, afirmou a ministra.
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