Um estudante de odontologia, 21 anos, esteve na redação do Blog Geraldo José e denunciou agressão sofrida por policiais militares. O estudante que prefere não se identificar disse que foi espancado por policiais militares na madrugada de terça-feira (25), em Juazeiro. Segundo o estudante, as agressões teriam acontecido quando ele estava retornando para casa, após uma abordagem feita por homens da Polícia Militar, numa das ruas próximas a sua residência. O estudante aponta que não havia motivos para "tanta violência".
"Eu sai de perto de um grupo que estava brincando com a guerra de espadas e quando a polícia chegou já batendo em todo mundo sem sequer haver motivo eu resolvi sair do local e parece que foi pior. Próximo a minha residência eles já chegaram batendo e agredindo com palavras e ameaças", relata.
O video mostra dois policiais na Avenida Equador já com agressões ao estudante. "Apanhei na calçada e também fui jogado na viatura e lá foi que apanhei muito mais, sem chances de defesa, pois eles agrediam também com palavras e ameaças, todo momento com hostilizações devido minha aparência física. Eles diziam que eu era playboy".
Bastante machucado, principalmente na cabeça e nas costas, o estudante realizou exame de corpo delito e prestou queixa na Delegacia de Polícia e constituiu um advogado para o caso. O estudante não foi a única pessoa agredida por PMs na madrugada do mesmo dia. Dois adolescentes de 13 e 16 anos também relatam agressões.
“Os policiais já chegaram mandando parar. Já foram descendo [da viatura], já batendo na gente”, lembra o adolescente de 13 anos. A jovem de 16 disse ainda que foi agredida na face. “O policial puxou meu cabelo e me deu um tapa no rosto". A família dos dois adolescentes procurou o Conselho Tutelar do município e também denunciou o caso na Corregedoria da PM.
“A família procurou o Conselho Tutelar para relatar que esses dois adolescentes sofreram agressão por parte dos policiais e o Conselho Tutelar encaminhou os mesmos para os órgãos competentes, para que as providências sejam tomadas”, disse o coordenador da instituição, Charles Vargas.
A avó dos adolescentes, que também não quis se identificar por medo de represálias, disse que não se conforma com o que aconteceu. “Choro dia e noite pensando no que meu neto passou. Fiz questão de denunciar porque eu não vou deixar isso quieto. Eu vou até o fim”.
O capitão Sandro Teixeira de Sena, que é subcomandante da companhia onde os policiais trabalham, informou que o caso vai ser investigado. “Se verificar que eles realmente praticaram alguma conduta ilegal, serão punidos de acordo com o que a lei prevê”, ponderou.
Confira Video:
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