A vida reserva as mais diferentes e, às vezes, inimagináveis surpresas para as pessoas. Diante dessas possibilidades, muitas coisas seriam evitadas e palavras não seriam ditas, uma vez que poderiam negar a legitimidade de certas convicções, e exibir a fragilidade de certos conceitos ideológicos. Notadamente no campo político, via de regra, essas alternâncias são frequentes e obedecem ao ciclo da maré das conveniências e interesses. Por exemplo, esse enfoque nos remete à reflexão de que existe algo contraditório no discurso atual do PT, se comparado ao discurso original do seu inspirador e fundador. Hoje insistem com grande ênfase de que o atual governo, pela origem militar do Presidente e a participação na equipe de inúmeros militares, põe o país em risco de volta à ditadura. E a todo momento se reportam ao período militar.
Ocorre que, já faz algum tempo, tem circulado um vídeo do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, nunca contestado, no qual existem diversas entrevistas a televisões, onde rasga declarações elogiosas ao desenvolvimento econômico durante os governos militares, dando realce ao General Médici que na visão do líder petista seria eleito pelo povo se se submetesse a uma eleição, tal a aprovação que desfrutava! Vejamos algumas frases ditas pelo líder, fundador do PT:
Acho que basta! Incrível essa admiração do Lula pelos presidentes do Regime Militar. E o mais impressionante: Não falou em Ditadura em nenhum momento! E numa análise mais fria, não recordo de ter ouvido dos simpatizantes do regime militar palavras tão eloquentes quão generosas na exaltação de um modelo de governança militar, o que reforça o conceito do ditado popular: “faça o que eu digo, mas não faça o que eu faço“. Reverência de tal dimensão poderia ser esperada de qualquer outro líder político ou sindicalista, nunca do Lula! Tenho certeza de que o leitor que não o acompanhou ao longo desses anos ou não teve acesso a essas manifestações, custará a acreditar que seja verdade. Vale lembrar que naquele tempo não se falava em “Fake News”!
Não tenho a intenção de exercer qualquer carga contra o Lula, o qual já está pagando a sua parte pelos pecados cometidos, e que teima em dizer que nada fez. Mas não custa despertar a memória adormecida dos que o idolatram, bem como lembrar-lhes de que o ditado popular acima bem se ajustaria a ser uma frase por ele pensada em algum momento, e que o Brasil agradeceria se o seu conselho fosse assimilado pelos que o acompanham: FAÇAM O QUE EU DIGO, MAS... NÃO FAÇAM O QUE EU FAÇO! Para os bons entendedores, esse artigo basta.
Autor: Adm. Agenor Santos, Pós-Graduação Lato Sensu em Controle, Monitoramento e Avaliação no Setor Público – Salvador-BA.
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