Dizem que uma das melhores formas de encontrar a pessoa amada é pedindo a Santo Antônio. O frade português ganhou o título de santo casamenteiro porque ajudava mulheres humildes que não tinham condições de oferecer dote e enxoval. Também é conhecido, no entanto, por defensor da família, protetor dos pobres e das coisas perdidas.
Misto de cultura popular e fé católica, a Festa do Pau da Bandeira de Santo Antônio de Barbalha, município do Sul cearense, entrou desde 2015 para a lista das celebrações registradas como patrimônio imaterial brasileiro. Unânime, a decisão foi anunciada semana passada pelo Conselho Consultivo do Patrimônio Cultural do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan).
No Nordeste, a Festa do Pau da Bandeira está no mesmo nível do Bumba-Meu-Boi, no Maranhão, das festas de SantAna de Caicó, no Rio Grande do Norte.
Os festejos de Santo Antônio remontam ao fim do século XVIII e se relacionam à
própria origem da cidade de Barbalha, com a construção de uma capela em devoção ao santo. Atualmente, as celebrações duram 13 dias, terminando no dia 13 de junho, Dia de Santo Antônio.
Santo Antônio era doutor em teologia em uma época em que o acesso aos estudos era privilégio de poucos. Entrou aos 15 anos para o seminário, seguindo a ordem agostiniana. Aos 20, teve contato com a história dos frades franciscanos que foram mártires no Marrocos e decidiu que também queria dar a vida pela palavra de Deus, ingressando, assim, na ordem franciscana.
“Ele foi o primeiro professor de teologia dos frades. Era uma pessoa estudada, um doutor, que tinha a vocação para a humildade”, explica o frei Carlos Antônio, frade da Paróquia Santo Antônio.
“É o santo das necessidades, aquele que intercede e não deixa nada faltar. As pessoas se abrem para as possibilidades, por meio da fé e alcançam graças e milagres de todas as espécies com a ajuda do santo casamenteiro, dos pobres, de todo o mundo”, resume o religioso.
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