A cardiopediatra do Hospital Dom Malan/IMIP de Petrolina, Natália do Vale, está participando de uma ação intermunicipal em alusão ao Dia Nacional da Cardiopatia Congênita, comemorado em 12 de junho. A primeira atividade foi realizada em abril na unidade materno-infantil com uma aula sobre o tema para profissionais do serviço. Esta semana, a médica – com o apoio da coordenação de Residência em Cardiologia Pediátrica da Univasf (promotora da ação) – realizou uma palestra sobre o Teste do Coraçãozinho na Maternidade de Juazeiro; e nesta quarta-feira uma sensibilização para profissionais e usuários do HDM.
"Conseguimos realizar uma ação muito positiva, inclusive com uma boa divulgação na imprensa. No Dom Malan tivemos a aula em abril, a panfletagem e os posts nas telas de todos os computadores. Então, o saldo foi muito positivo", ressaltou. O Dia Nacional da Cardiopatia Congênita foi instituído em 2012, é comemorado por toda a comunidade de cardiologia pediátrica e tem como objetivo buscar aumentar o conhecimento da população a respeito do assunto, a taxa de diagnóstico precoce e o acesso ao tratamento.
As cardiopatias congênitas estão presentes em 1 criança a cada 100 nascidos vivos, sendo esta a mal formação mais frequente e a principal causa de óbito em bebês de até um ano de idade. São originadas na própria organogênese do coração, durante o seu desenvolvimento na gravidez. Na maioria dos casos são cardiopatias simples, mas 25% correspondem a cardiopatias congênitas críticas, que necessitam obrigatoriamente de algum tipo de intervenção, seja ela cirúrgica ou por meio de cateterismo.
O diagnóstico precoce das cardiopatias congênitas é feito através do Teste do Coraçãozinho, que foi instituído em lei em 2014 no Brasil. Esse exame simples é a principal forma de rastreio da doença.
Consiste basicamente em medir a saturação de oxigênio, com um oxímetro de pulso não mão direita e em um dos pés. O parâmetro normal é acima de 95%, com uma diferença menor de 3%. Quando o primeiro exame dá alterado a orientação é repetir após uma hora. Confirmada a alteração é feito um ecocardiograma (ultrassom do coração).
O Teste do Pezinho é recomendado para todos os nenés aparentemente saudáveis, que nasceram com, no mínimo, 34 semanas, e a partir das 24 horas de vida, antes da alta hospitalar.
"O diagnóstico precoce é realmente um grande diferencial, pois quando as cardiopatias veem apresentar sintomas, geralmente, a criança já está descompensada", esclarece Natália.
O Hospital Dom Malan/IMIP de Petrolina já instituiu esse teste para todos os bebês que correspondem aos critérios mínimos e também realiza o ecocardiograma. "Inclusive nós conseguimos ampliar o acesso ao Teste do Pezinho com o apoio da equipe de enfermagem", comemora a médica, que é a responsável pelos ecos pediátricos do serviço.
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