O ex-ministro do Meio Ambiente, Edson Duarte, durante entrevista na Rádio Rural Fm, Programa Bodega do Brocoió, disse que o Projeto de Conservação da Ararinha Azul está ameaçado neste Governo Bolsonaro. O Plano de Ação Nacional para a Conservação da Ararinha-azul – PAN Ararinha-azul, tem como objetivo "o aumento da população manejada em cativeiro e a recuperação e conservação de hábitat de ocorrência histórica da espécie, visando o início de reintrodução até 2021."
Atualmente, existem em torno de 150 exemplares da espécie Ararinha Azul em cativeiros no Brasil e exterior. De acordo com Edson Duarte, ano passado no Dia Mundial do Meio Ambiente, as ararinhas-azuis, espécie mais ameaçadas de extinção no mundo, ganharam duas unidades de conservação na Bahia. Na oportunidade o presidente da República, Michel Temer, assinou a criação da Área de Proteção Ambiental (APA) da Ararinha-Azul e o Refúgio de Vida Silvestre (Revis) da Ararinha-Azul e mais a Reserva Extrativista Baixo Rio Branco-Jauaperi localizada na Amazônia. Com isso, o Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) passou a cuidar de 335 unidades de conservação no país.
Edson frisou ainda que é "naturalmente rara, a ararinha só existia originalmente numa pequena região do interior de Juazeiro e Curaçá, no norte da Bahia, onde o governo federal criou no início do ano passado duas unidades de conservação: o Refúgio de Vida Silvestre (com 29,2 mil hectares) e a Área de Proteção Ambiental da Ararinha-Azul (com 90,6 mil hectares)".
"Todo este projeto e trabalho muito arduo em parceria com as comunidades e prefeituras pode ser perdido, pois neste novo Governo Federal não existe a comunicação e ou interesse de continuidade. As obras em Curaça estão paralisadas".
Originária da região de Curaçá, na Bahia, a ararinha-azul (Cyanopsitta spixii) teve sua população dizimada, sobretudo devido ao tráfico de animais, e hoje é considerada extinta na natureza. Existem, atualmente, quase 160 exemplares da espécie, todos em cativeiro.
Em março do ano passado, 50 deles, vindos da Alemanha, desembarcaram no aeroporto de Petrolinade e seguiram para o Centro de Reprodução e Reintrodução, que está sendo construído em Curaçá. Lá, as aves estão sendo preparadas para a soltura no ambiente natural.
A ararinha-azul (Cyanopsitta spixii) é um dos animais mais ameaçados do planeta e, embora tenha sido sempre considerada rara, devido ao histórico de destruição de seu habitat e a intensa captura para o comércio ilegal, a espécie tornou-se símbolo mundial da importância de preservação da biodiversidade.
O Projeto Ararinha na Natureza é um esforço coletivo que pretende devolver à Caatinga brasileira a ararinha-azul, que foi declarada extinta na natureza após o desaparecimento do último macho da espécie no ano 2000.
O Projeto visa à implementação de algumas ações do Plano de Ação Nacional para a conservação da espécie, e atua em diferentes linhas temáticas como Políticas Públicas, Pesquisa Científica e Educação Ambiental, com o intuito de conservar a caatinga, hábitat da ararinha. O objetivo é criar as condições necessárias para proteger o hábitat natural da ave para que ela possa voltar à natureza.
Até o momento, o principal resultado do Projeto foi a criação de duas unidades de conservação em 2018: o Refúgio de Vida Silvestre Ararinha Azul (29.986 ha) e a Área de Proteção Ambiental Ararinha Azul (89.996 ha) em Curaçá e Juazeiro na Bahia.
O Brasil realizou os estudos que embasaram a criação das unidades de conservação com apoio da Vale. O objetivo principal é preservar a caatinga para a reintrodução da ararinha-azul, já que a espécie é considerada Extinta na Natureza, ou seja, só existem indivíduos em cativeiro.
Desde 2012, o Projeto Ararinha na Natureza está presente em Curaçá, na Bahia,onde estabeleceu uma sede para o desenvolvimento e acompanhamento das atividades relacionadas ao Projeto realizadas na região.
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