O comércio varejista voltou a mais fechar do que abrir lojas no primeiro trimestre de 2019. Entre janeiro e março, vários pontos de venda lacraram as portas no País. O número é emblemático, pois indica grande mudança de rota. E confirma o quadro de estagnação da economia, já apontado por outros indicadores.
Exemplo da estagnação da economia é sentida, por exemplo na Rua Souza Júnior e Avenida Guararapes na Zona Central, umas das principais do comércio de Petrolina, muitas lojas estão com placa de aluga-se e até de vende-se e há sequências de lojas fechadas em vários trechos.
Em Juazeiro a estagnação da economia também atinge a rua Aprigio Duarte, centro. Lojas fechadas e na porta sinal de aluga ou vende. Comerciantes dizem "que só quem ganha dinheiro na região do Vale do São Francisco são os fruticultores que exportam e estes não gastam em Petrolina e Juazeiro".
Os atuais espaços vazios são a razão do desânimo de lojistas e clientes. Quem trabalhou ou circulou pela via no auge do comércio vê, atualmente, um cenário de estabelecimentos de portas fechadas, sem previsão de abertura, trazendo incertezas para o futuro dos atuais empresários e funcionários que estão no local.
“É uma tristeza. Desde o ano passado, foram demitindo e diminuindo as lojas".
Quem passa pelo centro de Petrolina sente o impacto da economia desfavorável e se queixa da falta de opções", diz um vendedor.
Através de nota a Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL), esclarece que vem articulando com o Sindilojas, Sebrae e Secretaria de Desenvolvimento Econômico, para traçar um Plano de Revitalização da Rua Souza Junior.
"Paralelo a isso, em breve a entidade estará lançando uma plataforma virtual de exposição de produtos, ofertas e classificados, onde o comerciante terá mais um canal de vendas, além das tradicionais campanhas e promoções atuais pontuais que a CDL realiza", finalizou a nota
Os dados de abertura de lojas fazem parte de estudo da Confederação Nacional do Comércio (CNC) feito com base nas informações prestadas por empresas formais e com vínculo empregatício, reunidas no Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged).
No final do ano passado, ainda sob a influência do prognóstico favorável para a economia neste ano, a expectativa era de que 2019 encerrasse com a abertura líquida de 22 mil lojas, diz o economista-chefe da CNC, responsável pelo estudo, Fabio Bentes.
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