Você nasceu José, mesmo sendo dos Santos se imortalizou do Edson. Menino/atleta foi negão do pulo, das corridas e do handebol. Hoje (30), a emoção comedida por mim foi sentida, quando junto ao sambista e do lado de sua matéria já inerte envolta pelo caixão, cantarolei o samba de Alcione "Ilha de Maré" e lembrei, que apesar do corpo postado horizontalmente, sem, contudo, poder escutar, tão pouco demonstrar uma condição de passista, embalado pelo samba, percebi que, apesar da nossa separação, a música tocada lhe fazia referência, certamente, sua alma vibrou.
Para você não ficar retado, lhe dou garantia de que foi tudo bem tocado e cantado: um cavaquinho afinado e um pandeiro ritmado asseguraram a qualidade para o seu apurado e exigente gosto. Outra coisa: os botafoguenses marcaram presença, engrossando as vozes de Zeca Pagodinho e Beth Carvalho que entoaram o hino do glorioso. Seus amigos por lá estiveram, seus alunos, não mais adolescentes, agora homens também lhe prestaram homenagem. Saiba Negão que além dos Santos e do Edson, você é eternamente nosso.
Tony Martins - Professor, radialista e escritor
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