Está sendo julgado nesta segunda-feira (20) no Fórum Thomaz de Aquino, no Recife, o policial militar Felipe Anderson Souza, de 25 anos, acusado de matar uma adolescente de 17 anos em Parnamirim, no Sertão de Pernambuco. O crime, ocorrido no dia 1º de abril de 2017, foi cometido durante uma confraternização. De acordo com o inquérito policial que baseia o processo, o PM, lotado na Bahia, teria assassinado Katarine Ferreira por ela ter defendido uma amiga assediada por ele.
Já a defesa de Felipe alega uma versão distinta. Segundo os depoimentos do policial, ele dançou com Katarine durante a festa e a adolescente bateu algumas vezes de forma não intencional na arma portada por ele. O acusado teria então tirado a pistola do bolso para travá-la quando, de acordo com ele, ocorreu um disparo acidental que atingiu e matou a garota.
O júri popular que agora vai decidir pela condenação ou pela absolvição de Felipe é formado por sete pessoas: três mulheres e quatro homens. Caso seja considerado culpado pelo crime de homicídio qualificado, ele pode ser obrigado a cumprir uma pena de 12 a 30 anos de prisão. O PM está preso desde o dia 18 de abril de 2017.
O júri ocorre no Recife por conta de um pedido de desaforamento feito pela família. Parentes de Katarine temiam que, por Parnamirim ser uma cidade muito pequena onde a maioria das pessoas se conhece, isso pudesse interferir na decisão dos jurados. Para a mão da vítima, Evana Ferreira, ficar frente a frente com o acusado é um suplício. “É revoltante olhar para a cara dele e saber que ele acabou com a vida da minha filha e a da minha família”. O pai de Katarine nem sequer conseguiu entrar no fórum de tão emocionado.
“Estou aqui muito esperançosa de que a justiça seja feita. Foi um vazio muito grande que ela ela deixou na minha vida. Quando isso aconteceu não só os sonhos dela foram embora, mas os meus foram junto”, lamenta Evana. “Katarine era maravilhosa, uma filha amável, dedicada a tudo que fazia, companheira amiga”, lembra ela.
O Grupo Todos por Beatriz, em Petrolina/Juazeiro manifestaram através das redes sociais solidariedade a familia de Katarine.
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