O presidente Jair Bolsonaro (PSL) chamou de “idiotas úteis” e “massa de manobra” manifestantes que organizam uma série de protestos contra os cortes do governo na educação básica e no ensino superior nesta quarta-feira, 15. O presidente classificou os protestos como algo “natural” e disse que “a maioria ali (na manifestação) é militante”.
“Se você perguntar a fórmula da água, não sabe, não sabe nada. São uns idiotas úteis que estão sendo usados como massa de manobra de uma minoria espertalhona que compõe o núcleo das universidades federais”, disse Bolsonaro ao chegar em Dallas, nos Estados Unidos. Ele foi recebido por apoiadores ao chegar no hotel onde se hospedará na cidade americana.
Em Juazeiro e Petrolina, o blog Geraldo José acompanhou a manifestação. Todas as ruas centrais de Juazeiro e a BR 235, se alongando até a saída da cidade, foram totalmente paralisadas o que provocou um verdadeiro caos na locomoção das pessoas.
A manifestação foi realizada em diversas capitais brasileiras. Por isto o presidente disse ainda que não gostaria que houvesse cortes na educação e disse que não teve saída. “Na verdade não existe corte, o que houve é um problema que a gente pegou o Brasil destruído economicamente, com baixa nas arrecadações, afetando a previsão de quem fez o orçamento e se não tiver esse contingenciamento eu simplesmente entro contra a lei de responsabilidade fiscal”, afirmou o presidente. “Mas eu gostaria que nada fosse contigenciado, em especial na educação."
Ao menos 75 universidades e institutos federais do País convocaram protestos em resposta ao bloqueio de 30% dos orçamentos determinado pelo Ministério da Educação (MEC).
Bolsonaro visita Dallas em uma agenda improvisada e organizada às pressas pelo governo depois de o presidente desistir de ir à cidade de Nova York. Ele participaria do prêmio de “personalidade do ano” concedido pela Câmara de Comércio Brasil-Estados Unidos na noite de ontem, mas a homenagem foi alvo de boicotes e críticas do próprio prefeito da cidade, Bill de Blasio.
No Texas, Bolsonaro deve se encontrar com o ex-presidente George W. Bush e participar de um almoço com empresários, onde receberá formalmente o prêmio que não foi buscar em Nova York. “Estamos sendo muito bem recebidos aqui e o objetivo nosso da viagem será alcançado: aprofundar cada vez mais os laços de amizade e também de cooperação comercial com esse país que eu sempre amei desde a minha infância”, disse Bolsonaro, ao chegar nos Estados Unidos.
Um dos apoiadores do presidente gritou “arruma o Brasil que a gente volta”. A ele, Bolsonaro respondeu que o País está “bastante desarrumado”, mas que iria “arrumar”.
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