Há pouco mais de 3 meses para a realização da Climate Week Latin America, um evento regional da Convenção do Clima da ONU, que aconteceria de 19 a 23 de agosto em Salvador, o Ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles (Novo-SP), comunicou a desistência do evento. Organizadores do lado da ONU lamentaram a decisão, afirmando em comunicado interno que estão “explorando opções” de uma cidade que tope sediá-lo. A escolha de Salvador ocorreu no ano passado, por interferencia do baiano Edson Duarte, que era o titular do Ministério do Meio Ambiente.
O ex-ministro lamentou a decisão, destacando que o evento não tem nenhuma relação com a COP e seria realizado a custo zero: “Diferente do que tem se propagado, a realização desse evento não está relacionado à realização da Conferencia Mundial do Clima, que acontece em Santiago. Esse é um encontro técnico que só traria benefícios para a Bahia e o Brasil, já que inclusive os custos da realização são todos bancados pela ONU”, informou.
Em novembro do ano passado, por ordem do presidente eleito, Jair Bolsonaro, já havia sido cancelada a oferta de sediar a COP25, conferência diplomática anual sobre mudanças climáticas, causando constrangimento na ONU e causando arranhões à imagem internacional do país.
As declarações do Ministro Ricardo Salles, nesta terça-feira, de que o evento serviria apenas para "turista passear e comer acarajé" repercutiram negativamente, já que a Climate Week se dedica a negócios, troca de experiências e busca soluções para a crise do clima, envolvendo maciçamente o setor privado.
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