Com o objetivo de incentivar a participação dos jovens no engajamento das questões sociais em suas comunidades, foi realizada, durante a manhã da última sexta-feira (3), uma formação com a juventude rural no município de Campo Alegre de Lourdes (BA). A atividade reuniu cerca de 30 participantes, jovens de comunidades tradicionais de fundo de pasto do município.
Durante o Encontro, os/as jovens discutiram as atuais demandas das comunidades, bem como propostas e articulações de luta para enfrentamento de conflitos territoriais. A facilitação do espaço foi realizada pelo integrante do Sertão Agroecológico/Univasf e colaborador da Comissão Pastoral da Terra (CPT), Diego Limaverde, e a agente da CPT Marina Rocha. Através de dinâmicas e metodologias participativas, os facilitadores buscaram traçar pontos como as fortalezas, oportunidades, fraquezas e ameaças presentes nesses territórios a partir do olhar da juventude.
De acordo com Diego, a utilização das metodologias participativas tem como intuito auxiliar a juventude na identificação e sistematização dessas questões. "Além disso, isso também nos leva a refletir e traçar objetivos sobre como nós, enquanto instituição, podemos atuar diretamente com essas comunidades", afirma. Outro ponto ressaltado pelo colaborador é a importância no papel de mediação desenvolvida pela CPT, reforçando o protagonismo dos próprios jovens.
Entre os participantes do Encontro, muitos já integraram edições da Escola de Formação Juventude, promovida pela CPT. Um deles é o articulador social e técnico em agropecuária, Anselmo Ferreira, da comunidade tradicional de fundo de pasto Baixão dos Bois. Hoje à frente das organizações de jovens dentro desse território, ele atenta para a relevância dessa coletividade.
"É importante que a gente esteja junto e organizado, sozinho ninguém consegue e, se consegue, é uma conquista individual. O que importa mesmo é o bem coletivo", conta.
Ao fim do encontro, foram traçadas novas metas e atividades de formação a serem realizadas, de acordo com demandas apresentadas pelos próprios jovens, a exemplo da continuação da formação continuada, oficinas de arte e de comunicação e o seguimento da articulação popular da juventude em seus territórios.
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