O casal Tiffany e Albree Shaffer, moradoras de Ohio, nos Estados Unidos, denunciou um episódio de homofobia que revoltou sua família. Elas são mães de uma menina de quase dois anos, diagnosticada com neuroblastoma avançado, um tipo de câncer que ataca glândulas acima dos rins, há cinco meses e relataram que receberam uma mensagem de uma pessoa que disse ter se sensibilizado com a história da criança, mas que deixaria de doar um valor equivalente a R$ 30 mil para o tratamento porque ela é filha de duas lésbicas.
Segundo o Extra, elas relataram em um post no Facebook terem ficado "chocadas e enojadas" a mensagem enviada por uma mulher identificada como Bren Marie. "Minhas orações estão com a Callie. Eu ia doar US$ 7,6 mil (cerca de R$ 30 mil) para ela, mas descobri que ela é filha de lésbicas. Eu escolhi fazer uma doação para St. Jude (hospital infantil) devido a esse fato", afirmou a usuária da rede social. "Desculpe, ainda vou rezar por ela, mas talvez seja a maneira de Deus de chamar sua atenção que ela precisa de uma mamãe e um papai, não duas mamães".
Ainda de acordo com a nota, o perfil dela foi excluído ou teve seu nome alterado após a repercussão. "Tentamos não ficar chateadas, mas foi difícil", disse Albree, de 26 anos. "Eu não podia acreditar que ela nos procurou para nos dizer isso diretamente. Ela poderia simplesmente não ter doado e ignorado a página". Entretanto, elas receberam doações de outras pessoas após a divulgação do caso. A vaquinha online já arrecadou cerca de US $ 80 mil (aproximadamente R$ 315 mil). De acordo com a família de Callie, além da quimioterapia e radioterapia, ela precisará de um transplante de medula óssea e de uma cirurgia para remover o tumor assim que ele encolher.
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