Começou a valer desde quarta (01) novas diretrizes para a operação do Sistema Hídrico do Rio São Francisco, que é formado pelos reservatórios de Três Marias (MG), Sobradinho (BA), Itaparica (BA/PE), Moxotó (AL), Paulo Afonso I, II, III e IV (BA) e Xingó (AL/SE). Com isso, após anos de menor defluência e volume útil de armazenamento por conta da estiagem, a barragem de Sobradinho, volta a operar como no período pré-seca, favorecendo o Vale do São Francisco. A mudança na vazão foi possível em virtude da recuperação no armazenamento das barragens.
Em Sobradinho, a vazão diária hoje é de 800 metros cúbicos por segundo, 250 a mais que no período mais severo de seca. O aumento é acompanhado de um crescimento no volume útil da barragem, que fez até a sala de crise da Companhia Hidro Elétrica do São Francisco (Chesf) se transformar em uma sala de acompanhamento.
O presidente do Comitê da Bacia Hidrográfica do Rio São Francisco (CBHSF), Anivaldo Miranda, ressaltou que a defluência mínima não é, ainda, o ideal, mas é um patamar mais favorável que anos anteriores. “É um momento importantíssimo. A construção da nova resolução reflete, inclusive, o que consta na Lei 9.433, a Lei das Águas, que é a gestão colaborativa, participativa e descentralizada”, considerou.
Segundo a Agência Nacional de Águas (ANA), o volume útil de Sobradinho teve alta de 13,73% nos últimos três meses. Com isso, chegou a 48,76% em 29 de abril. Para ter ideia, no auge da seca em 2015, a barragem chegou ao nível mínimo desde 2012 de 1,05%. No fim de 2018, estava em 35,03%.
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