A convocação do ex-governador da Bahia e atual senador da República, Jaques Wagner (PT-BA), pelo Ministério do Turismo (Mtur) para regularizar supostas pendências quando era chefe do Executivo surpreendeu e deixou o deputado estadual Marcelo Veiga (PSB) indignado. Nesta terça-feira (23), o parlamentar socialista disse que Wagner é encontrado facilmente em seu gabinete no Senado e em escritórios políticos e que não justifica sua convocação por edital em Diário Oficial, principalmente por se tratar de uma pessoa pública. Marcelo frisa que o titular do Mtur, Marcelo Álvaro Antônio, precisa se pronunciar sobre o laranjal que envolve seu nome.
"É um absurdo. Fazem de tudo para tirar o foco do que é fundamental para o país. Não podemos concordar que uma situação dessa seja tratada de forma normal. Ainda mais quando vem do governo federal. Wagner foi um dos melhores governadores do país, atuou pela redução da fome e da pobreza no estado. A Bahia foi quem mais reduziu a pobreza durante seus dois mandatos. Não é de bom tom que um político da sua envergadura passe por uma situação constrangedora como essa. Atacam Wagner por ele ser um político forte, tanto que foi cotado para ser candidato do PT à Presidência", diz Marcelo Veiga.
Para o deputado, a atuação do governo federal atualmente é considerada como "pífia" e que as medidas estão destruindo as políticas públicas que o ex-governador Wagner ajudou a construir nos governos de Lula e Dilma. "Não vejo como o governo de Bolsonaro terá participação popular. Não vejo o povo sendo representado por essa gestão. Essa proposta de reforma da Previdência, por exemplo, é um afronto ao povo pobre e não mira nos privilegiados. Não é razoável que um trabalhador que falte dois anos e meio para se aposentar ter que ficar mais 11 anos trabalhando para conseguir o benefício, isso é um absurdo e não podemos concordar".
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