Quem mora em Sento-Sé, a 192 km de Juazeiro, vive assustado com a recente onda de violência que aterroriza o município de pouco mais de 41 mil habitantes. Só nesse primeiro quadrimestre de 2019, foram registrados sete (07), homicídios violentos e duas tentativas de homicídios, com lesões graves. Dos sete assassinatos, 04 (quatro) aconteceram no interior e 03 (três) na sede municipal, sendo seis vidas ceifadas com armas de fogo e uma supostamente a paulada e afogamento no rio São Francisco. As duas tentativas também foram com arma de fogo, o que evidencia que a população está armada.
Foram 02 (dois) crimes no distrito de Piçarrão, pai e filha de quatro meses; 01 (um) no povoado Brejo da Martinha; 01 (um) no povoado Ponta D`água; 01 (um) no bairro Cícero Borges (sede); 01 (um) na Avenida Raul Alves de Souza (sede) e 01 (um) no Porto Fluvial (sede), totalizando sete interrupções definitivas de vidas. Em Piçarrão e Brejo da Martinha, as vítimas foram violentadas dentro de suas próprias casa, sem chance de defesa. Nos dois casos, os criminosos chegaram em motos e atiraram a queima roupa.
A bucólica Sento-Sé, já não é mais um lugar seguro para se viver, os números provam isso. A crescente taxa de homicídios coloca o município como o mais violento do norte baiano e um dos mais agressivos do estado.
É fato que a violência assusta e amedronta a população, principalmente à noite. O terror é real e existe uma matança indiscriminada nas ruas. A rotina tranquila dos moradores está sendo substituída por ocorrências policiais como, roubo e homicídios, cada vez mais frequentes. Passear pela praça, conversar na porta de casa, deixar as crianças brincarem nas ruas são comportamentos com hora definida para terminar. Assim que começa a escurecer a rotina é outra.
Ananias Nascimento da Gama (Gallo), professor e morador de Sento-Sé.
© Copyright RedeGN. 2009 - 2024. Todos os direitos reservados.
É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita do autor.