O líder do governo no Senado, Fernando Bezerra Coelho (MDB-PE), defendeu a instalação de um centro de pesquisa da Embrapa no Vale do São Francisco para o desenvolvimento de variedades de uva de mesa. Hoje, essa tecnologia é desenvolvida pela Embrapa Uva e Vinho, localizada em Bento Gonçalves (RS).
“Não queremos desidratar nem prejudicar nenhum centro de pesquisa da Embrapa, mas não faz sentido desenvolver variedades genéticas no Rio Grande do Sul se nós exportamos 90% da uva de mesa do Brasil. A gente tem que estar à frente da tecnologia, e a Embrapa é a chave do nosso sucesso”, afirmou o senador.
Fernando Bezerra Coelho acompanha visita da ministra da Agricultura, Tereza Cristina, a Petrolina, nesta segunda-feira (15). O primeiro compromisso foi um encontro com produtores de fruta, leite e cana de açúcar e criadores de ovinos, caprinos e aves. Também participaram o prefeito Miguel Coelho, o deputado federal Fernando Filho, o prefeito de Lagoa Grande, Vilmar Capellaro, e os presidentes da Embrapa e do Banco do Nordeste.
No encontro, o senador também chamou a atenção para a transferência de tecnologia da variedade de uva Vitória, desenvolvida pela Embrapa, para produtores da África do Sul, sem a cobrança de royalties. “A gente traz variedade de uva da Califórnia e paga até 6% sobre o faturamento. Se a gente não puder fazer dinheiro com a inteligência da Embrapa, tem alguma coisa errada nisso”, disse o líder do governo.
“A Embrapa é a nossa maior empresa de pesquisa. A gente precisa protegê-la para que ela possa proteger os interesses do agronegócio brasileiro. Porque isso é uma guerra mundial por mercado, por emprego, por renda”, acrescentou.
O senador Fernando Bezerra Coelho também pediu a ministra um programa para a venda de milho pela Conab a preços mais atrativos para a produção de leite e a criação de aves, caprinos e ovinos, principal atividade no semiárido nordestino. “O nosso inverno ainda não foi um inverno regular, e estamos vindo de um longo período de estiagem. Precisamos voltar com a venda do milho no balcão da Conab. Precisamos de um programa para 200 mil toneladas de milho para não pagar R$ 48,00 a saca de 60 quilos, mas trazer esse preço para R$ 30,00 ou R$ 35,00.”
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