Muitas vezes, algumas gestantes chegam ao Hospital Dom Malan/IMIP de Petrolina ainda longe de completar 40/41 semanas de gravidez (devido a alguma complicação ou intercorrência) na expectativa de realizar o parto o mais rápido possível. Acontece que antes das 36 semanas e 6 dias o bebê ainda não está completamente pronto para a vida fora do útero. Então, o parto (considerado prematuro) torna-se um risco para a mãe e o bebê.
Aproveitando o Dia do Obstetra (12.04), o especialista em medicina fetal do HDM, Marcelo Marques, tira as dúvidas ligadas a esse tema. "Primeiro nós temos que entender que cada caso é um caso. Assim que a gestante dá entrada no hospital ela é avaliada por uma equipe médica que define a melhor conduta", inicia o médico.
Então, chegar com 33 semanas e perdendo líquido, por exemplo, não significa que o parto tenha que ser feito de imediato. "O HDM é um hospital materno-infantil de alto risco, referência para mais de 50 municípios. Dispõe de equipamentos de ponta e equipe profissional apta a tomar as melhores decisões, de modo que a mãe consiga levar a gestação adiante [quando é o caso]", acrescenta Marcelo.
Os riscos que correm os bebês nascidos antes do tempo vão depender de sua prematuridade: com 36 semanas o recém-nascido tem grandes chances de sobreviver sem nenhuma sequela; já com 22 semanas, as consequências podem ser bastante graves. Por isso, quanto maior o tempo de duração da gravidez, menor o risco de que o bebê nasça com alguma sequela da prematuridade.
"A gente sempre procura pesar os benefícios e prejuízos, optando sempre pelo bem estar e segurança do binômio mãe-bebê. Para sanar as dúvidas, as mulheres devem sempre conversar com a equipe médica e de saúde que a acompanha. Muitas vezes o problema está apenas na falta de informação", acredita o profissional.
Feliz por poder falar sobre um assunto tão relevante no Dia do Obstetra, Marcelo Marques parabeniza a todos os profissionais da área. "O Dom Malan é um hospital escola, que recebe anualmente médicos que se tornarão futuros ginecologistas/obstetras e não poderia ficar de fora dessa homenagem. Para nós, celebrar propagando conhecimento é a maior conquista", conclui.
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