Após três anos e quatro meses do assassinato de Beatriz Angélica, na tarde deste sábado (06), os restos mortais da menina foram exumados, e, em seguida, foi realizado um novo sepultamento, em um cemitério de Petrolina, no Sertão de Pernambuco. O corpo havia sido enterrado no Cemitério Lagoa da Pedra, no Distrito de Maniçoba em Juazeiro, logo depois do assassinato em 10 de dezembro de 2015.
Participaram do sepultamento, familiares, amigos e membros do grupo ‘Somos Todos Beatriz”. O pai Sandro Romilton falou ao público em uma cerimônia e disse que a família deve continuar a lutar para buscar a solução do crime. "Petrolina tem se tornado uma cidade muito violenta e nós vamos lutar, não só pelo caso de Beatriz, mas por todos as outras mazelas que estão acontecendo na nossa cidade. Nossa família, nosso grupo vai estar à disposição. Nós estamos de pé, mais do que nunca. Nada vai nos parar, se assim Deus nos permitir", ressaltou.
No sepultamento, a mãe de Beatriz estava muito emocionada, se despediu da filha, deixando no jazigo objetos pessoais da menina. Os restos mortais de Beatriz agora devem ficar na sombra da 'Árvore da vida', planta da espécie Angélica, que fica em um local privilegiado em um cemitério de Petrolina.
Beatriz Angélica foi assassinada com 42 facadas dentro de um dos mais tradicionais colégios particulares de Petrolina, Colégio Auxiliadora. O crime ocorreu dentro da quadra onde acontecia a solenidade de formatura das turmas do terceiro ano da escola. A irmã da menina era uma das formandas. A última imagem que a polícia tem de Beatriz foi registrada às 21h59 do dia 10 de dezembro de 2015, quando ela se afasta da mãe e vai até o bebedouro do colégio, localizado na parte inferior da quadra. Minutos depois, o corpo da criança foi encontrado atrás de um armário, dentro de uma sala de material esportivo que estava desativada após um incêndio provocado por ex-alunos do colégio.
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