Morreu na noite desta terça-feira (26), aos 45 anos, vítima de uma infarto, o jornalista Rafael Henzel. O profissional era um dos sobreviventes do acidente aéreo que vitimou profissionais de imprensa e a jogadores da Chapecoense, em novembro de 2016. A notícia foi confirmada pela Rádio Oeste Capital de Chapecó, onde Henzel trabalhava.
Em 2017, Rafael Henzel lançou o livro Viva Como Se Estivesse de Partida, onde relatava a tragédia envolvendo o avião que transportava o clube catarinense para a final da Copa Sul-Americana, na Colômbia, e como teve força para se recuperar do episódio.
A mensagem (do livro) é acreditar. Considero que tudo o que aconteceu foi um milagre, mas eu não esperei um segundo milagre. Nunca pensei que ia morrer, mesmo acordando no meio do mato. Nunca pensei que iria morrer, não fiquei esperando. Fiz os exercícios que tinha que fazer, planejei voltar ao trabalho 40 dias depois do acidente e voltei. Enfrentei todos os medos, voltei a voar, fui ao estádio em que seria o jogo. Eu não fiquei esperando, não fiquei encostado no INSS. Busquei melhorar através do meu trabalho. A mensagem é acreditar na força que a gente tem. Às vezes, a gente está na zona de conforto e a força não aparece. Quero passar a mensagem de respeito às pessoas. Quando você está no hospital, é um pedaço de carne com um aparelho ligado. Todos têm a mesma importância. E há um conjunto de fatores positivos que te ajudam na recuperação — disse em entrevista a GaúchaZH à época.
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