Milhares de pessoas ao redor do mundo estiveram presentes nas ruas ao longo do dia do último 14 de março de 2019 (ontem). E em Juazeiro Bahia não foi diferente, ocupamos a Avenida Adolfo Viana em direção à Praça Barão do Rio Branco onde fizemos um ato para cobrar justiça por Marielle, Anderson, Beatriz e por todos os outros casos que permanecem sem solução no Vale do São Francisco e no mundo, para nós toda vida importa!
Na caminhada pautamos os direitos das mulheres, como a reforma da previdência que ataca diretamente as mulheres, que desempenham duplas ou triplas jornadas de trabalho – em casa e fora dela. A liberação do porte de arma, em um país onde uma mulher sofre violência a cada 7 segundos, resultará em mais mortes de mulheres. Bem como os outros direitos específicos que atingem as mulheres de Juazeiro/BA.
Marielle Franco representava diversas lutas, sendo mulher, negra, lésbica, mãe, socialista, feminista, defensora dos Direitos Humanos, cria da Maré, militante do PSOL e em 2016 foi eleita vereadora da Câmara do Rio de Janeiro, a quinta mais votada na cidade. Foi assassinada no dia 14/03/2018, depois de uma atividade sobre mulheres negras movendo estruturas. Junto com ela morreu Anderson Gomes, que dirigia o carro. Então tentaram parar uma mulher que ousou mover estruturas, culminando em um crime político.
Esperavam calar Marielle e tudo que ela representava, mas mal sabiam que éramos sementes, e ontem vimos isso em Juazeiro Bahia e ao redor do mundo, com lindas demonstrações de amor, afeto, solidariedade e união. Apesar das últimas notícias desta semana, indicando a prisão do suspeito em efetuar os disparos bem como a prisão do motorista que conduzia o veículo para o atirador, a pergunta ainda continua: Quem mandou matar Marielle?
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