A Bahia registrou um número três vezes maior de focos de incêndio a vegetação nos três primeiros meses deste ano, em relação ao mesmo período do ano passado. Conforme o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE), entre 1º de janeiro e 10 de março deste ano, o estado teve 870 casos. No mesmo período de 2018 foram 218 registros. Esse aumento foi o quarto do país.
De acordo com o órgão, as temperaturas altas e a falta de chuva deixam a vegetação seca, propícia às queimadas. Segundo o INPE, o sul da Bahia foi a região com o maior casos de focos de incêndio. Um deles ocorreu no Parque Nacional Monte Pascoal, unidade de conservação ambiental onde o fogo consumiu uma área equivalente a 1.501 campos de futebol.
O Corpo de Bombeiros informou que 99% dos focos são causados pela ação do homem. "Ele [homem] começa a fazer queima de lixo, queima de pastagem e esse fogo perde o controle, devido às condições climáticas e vegetação, ganhando velocidade e atingindo grandes áreas", explicou o tenente André Matos, do Corpo de Bombeiros Militar da Bahia.
Segundo a Secretaria do Meio Ambiente do Estado (Sema), além do prejuízo ambiental, os gastos financeiros para combater os incêndios são altos. O órgão faz um trabalho educativo na tentativa de diminuir a quantidade de focos.
"Nós estamos alertando a população, sobretudo nesse contexto da educação ambiental, da preocupação com o fogo, se vai preparar uma queimada, como vai preparar essa queimada, todo esse contexto", afirmou o secretário do Meio Ambiente do Estado, João Carlos de Oliveira.
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