O vice-presidente na Venezuela não é eleito pelo povo. Ele é escolhido pelo presidente do país e poderá ser deposto pela Assembleia Nacional, desde que obtenha ¾ dos votos. Segundo a constituição de 1999, se a Assembleia Nacional depor três vice-presidentes em um único mandato, o presidente poderá dissolvê-la. Ou seja; se os membros da Assembleia Nacional se meterem a besta e não aprovar o nome que o presidente está indicando, será extinta.
Seguramente, Nicolás Maduro Moros foi o mais importante entre os três vice-presidentes que assumiram interinamente o cargo de presidente. Ele era amigo pessoal do presidente-ditador Hugo Chávez e foi escolhido por este, para ser o seu sucessor, caso algo acontecesse a ele na quarta e última cirurgia que iria fazer em Cuba.
Nicolás Maduro, na condição de vice-presidente assumiu a vaga de Hugo Chávez, em 05/03/2013, em razão da morte deste, em Havana (Cuba), em consequência de um câncer na região pélvica e de uma infecção respiratória aguda.
Contudo e, apesar de existirem semelhanças entre o criador (Hugo Chávez) e a criatura, o senhor Nicolás Maduro (ex-maquinista do metrô de Caracas, ex-camioneiro, ex-deputado e ex-presidente da assembleia nacional) é muito pior que o seu antecessor, em todos os sentidos. Chávez, pelo menos tinha cultura e um projeto de poder. Maduro não tem nada.
Maduro não tem sapiência, prudência, sensatez, discernimento ou ponderação, para ocupar um cargo de presidente, qualquer que seja o país. Por isso, tudo que ele tem feito como presidente da Venezuela, até o presente momento, é copiar ou potencializar as maldades feitas por Hugo Chávez.
Maduro vem governando a Venezuela por decreto, com poderes especiais desde a morte de Hugo Chávez. Sua presidência é marcada pelo declínio socioeconômico, com acentuado crescimento da pobreza, inflação, criminalidade e fome. Maduro é o culpado pela escassez de produtos de subsistência e pela queda considerável no índice de qualidade de vida no país.
Em maio de 2018, Nicolás Maduro foi reeleito para um mandato de 6 anos em uma eleição polêmica, até hoje, não reconhecida pela oposição da Venezuela, pela Organização dos Estados Americanos e/ou pela União Europeia.
Em janeiro de 2019, Nicolás Maduro foi empossado para um segundo mandato, sob o protesto de várias nações do mundo (inclusive do Brasil) e da Assembleia Nacional, que não o reconhecem como presidente da Venezuela.
Sem nenhuma dúvida, creio que as trevas se instalaram na Venezuela desde 02/02/1999, com a posse de Hugo Rafael Chávez Frias. Este homem (para minha decepção), só soube fazer mal ao povo e conceber discípulos igualmente inescrupulosos. Por analogia, se Hugo Chávez tivesse feito o que El Tirano (nome de uma praia na Ilha de Margarita) fez, teria, pelo menos, evitado a propagação do mal. Contam na Venezuela que El Tirano era tão mal, que no dia em que nasceu o seu único filho, ele o matou com várias punhaladas, dizendo: - Tenho consciência de que sou uma pessoa má, mas não posso deixar que o mal prospere na terra, através da minha descendência.
Nos dias de hoje, enquanto o povo cata alimentos no lixo nas ruas de Caracas, para comer, a revista Forbes registra que Maria Gabriela Chávez, filha de Hugo Chávez, mora nos Estados Unidos da América e tem uma fortuna avaliada em 4 bilhões de dólares americanos. A mesma revista diz que três filhos do presidente Nicolas Maduro, Nicolasito (legítimo), Yoswal e Walter Flores (adotivos) vivem torrando dólares americanos por todo o planeta terra.
A boca miúda da Venezuela diz que Diosdato Cabello, comandante das forças armadas, presidente interino por um dia (13 a 14/04/2002) e sustentáculo do chavismo, é um dos homens mais ricos da América Latina. E que o próprio Nicolás Maduro é um dos homens mais ricos do mundo, com toneladas de ouro, em barras.
Por tudo isso e por outras coisas mais, não tenho mais esperança de ver a reconstrução da Venezuela. Eu sei que a esperança é a última que morre, mas morre, e a minha morreu.
O dia do juízo final chegou e isso na verdade já não me importa. Que Nicolás Maduro Moros e Juan Gerardo Guaidó Márquez se digladiem e vença quem tiver de vencer. O que me incomoda mesmo é ter a consciência que independente de quem seja o próximo presidente da Venezuela, haverá sempre um “Chávez” dentro dele.
A Venezuela (minha segunda pátria) é realmente um país mágico e fabuloso, entretanto, o povo que nasceu ou vive lá é muito complicado e cheios de nós pelas costas.
Gilberto Maciel Santos - Escritor Juazeirense.
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