A vereadora Marielle Franco, do PSOL do Rio de Janeiro, será lembrada no dia de seu assassinato, 14 de março, pela Assembleia Legislativa da Bahia. O autor do requerimento, deputado estadual Hilton Coelho (PSOL) convida a sociedade, em especial o movimento de mulheres e de defesa dos Direitos Humanos, a participar da atividade no plenário da Casa às 9h30. "Marielle Franco, mulher, negra, mãe, cria da favela da Maré, socióloga com mestrado em Administração Pública, vereadora da Câmara do Rio de Janeiro eleita pelo PSOL com 46.502 votos, não pode e não será esquecida", afirma.
A mesa diretora da sessão especial, que tem como tema "Vivas por Marielle", além de Hilton Coelho, será composta pela presidenta da Comissão de Direitos Humanos, deputada Neusa Lula Cadore (PT) e pela presidenta da Comissão dos Direitos da Mulher, deputada Olivia Santana (PCdoB). Várias entidades, instituições do movimento social e popular, familiares de Marielle Franco, PSOL do Rio de Janeiro e representações estão sendo convidadas.
"No dia 14 de março de 2018 Marielle Franco foi assassinada em um atentado ao carro onde estava. Foram covardes que acreditam na impunidade que deferiram 13 tiros matando também o motorista Anderson Pedro Gomes. Quem matou e quem mandou matar Marielle mal podia imaginar que ela era semente, e que milhões de Marielles em todo mundo se levantariam. No dia 14, um ano após ela entrar para a imortalidade, aqui na Bahia exigiremos que tudo seja apurado e os culpados punidos", afirma Hilton Coelho.
Marielle Francisco da Silva, conhecida nos movimentos sociais por Marielle Franco, foi executada com três tiros na cabeça e um no pescoço, por volta das 21h30min de 14 de março de 2018, quando também foi assassinado Anderson Pedro Mathias Gomes, motorista do veículo em que a vereadora se encontrava. As apurações do crime deixam claro que se tratou de execução, promovida por aqueles que a vereadora sempre apontou como violadores dos direitos humanos, apesar de os acusados ainda não terem sido formalmente apresentados pelo Estado.
Em 2016, na sua primeira disputa eleitoral, foi eleita vereadora na capital fluminense pelo PSOL, obtendo mais de 46 mil votos, sendo a quinta candidata mais votada no município e a segunda mulher mais votada ao cargo de vereadora em todo o país.
Na Câmara Municipal, presidiu a Comissão de Defesa da Mulher e integrou uma comissão composta por quatro pessoas, cujo objetivo era monitorar a intervenção federal no Rio de Janeiro, sendo escolhida como sua relatora em 28 de fevereiro de 2018. Era crítica da intervenção federal, assim como criticava e denunciava constantemente abusos policiais e violações aos direitos humanos.
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