Quando o prefeito de Petrolina, Miguel Coelho, acenou, em entrevista ao programa Folha Política na última quarta-feira, para um entendimento entre seu pai, o senador Fernando Bezerra Coelho e o senador Jarbas Vasconcelos, nos bastidores, outros passos que denotam pacificação já vinham sendo dados. Era uma terça-feira, no último dia 5, bem após a conturbada eleição para presidência do Senado, quando o senador Marcelo Castro (MDB-PI) passou pelo gabinete de Jarbas Vasconcelos na Casa Alta.
Fez a visita na condição de emissário do líder da bancada do MDB no Senado, Eduardo Braga. O presidente do MDB em Pernambuco, Raul Henry, estava por lá. Marcelo quis saber se os emedebistas pernambucanos fariam objeção, caso Fernando viesse a ser convidado para assumir a liderança do governo Jair Bolsonaro no Senado. Jarbas e Henry registraram não estar ali para vetar ninguém. Deram sinal verde. Se política é feita de gestos, esse foi um deles e vem a calhar com as colocações recentes de Miguel.
O prefeito não só avisou que Fernando não deve recorrer para que a decisão recente do ministro Ricardo Lewandowski, a qual encerrou conflito de competência sobre a sigla, vá ao pleno. Ele ainda defendeu o seguinte: “Essa briga não é boa para ninguém”.
O gestor de Petrolina foi adiante: “Inclusive, acho até que com Jarbas no Senado pode facilitar o diálogo dos dois para que se busque entendimento e que se divida espaços”. A questão da divisão dos espaços à qual ele se refere tem a ver com 2020. Será ano de eleições municipais e o MDB deixou de crescer em 2018 em função dessa briga interna que se arrasta. Agora, o tom de entendimento parece que vai se tornando um ponto de intersecção entre os dois lados nessa disputa.
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