O Hospital Bartira, em Santo André (SP), confirmou ao Correio que um dos netos do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, Arthur Araújo Lula da Silva, de 7 anos, morreu às 12h36, desta sexta-feira (1°/3).
Athur é filho de Marlene de Araújo Lula da Silva e Sandro Luiz Lula da Silva, um dos filhos de Lula. Segundo a unidade de saúde, a criança faleceu "devido ao agravamento do quadro infeccioso de meningite meningocócica". De acordo com o boletim médico, o menino deu entrada às 7h20 desta manhã com quadro instável.
A presidente nacional do PT, Gleisi Hoffmann, falou sobre a perda do ex-presidente no Twitter e, além de desejar força a Lula, disse que trabalhará para que ele possa comparecer ao velório.
PF aguarda pedido
Preso na superintendência da Polícia Federal em Curitiba desde abril do ano passado, no âmbito da Operação Lava Jato, Lula deve solicitar a saída da prisão para acompanhar o velório do neto. A Polícia Federal foi informada da morte de Arthur e já trabalha com a possibilidade da defesa do ex-presidente obter o direito de Lula ir ao velório.
Em 29 de janeiro deste ano, o irmão de Lula, Genival Inácio da Silva, mais conhecido como Vavá, morreu em decorrência de complicações por um câncer no pulmão. Lula chegou a pedir autorização para deixar a prisão e comparecer ao velório, mas a juíza Carolina Lebbos rejeitou o pedido. Responsável pela pena do ex-presidente, Lebbos considerou que havia riscos em uma saída temporária do petista.
A juíza também argumentou que o deslocamento de Lula poderia afetar os trabalhos de regaste de Brumadinho (MG), após o rompimento da barragem Mina do Feijão, quatro dias antes.
O artigo 120 da Lei de Execuções Penais prevê que "os condenados que cumprem pena em regime fechado ou semiaberto e os presos provisórios poderão obter permissão para sair do estabelecimento, mediante escolta, quando ocorrer um dos seguintes fatos: falecimento ou doença grave do cônjuge, companheira, ascendente, descendente ou irmão".
Em outra ocasião, Lula solicitou permissão judicial para ir ao velório do deputado Sigmaringa Seixas, de quem era próximo. No entanto, na ocasião, a Justiça entendeu que o ex-parlamentar era amigo do ex-presidente, o que não da direito de deixar temporariamente o cumprimento da pena para comparecer a cerimônia fúnebre.
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