A sessão da noite desta terça-feira (26/02) na Câmara de Vereadores de Remanso, a segunda do início desta legislatura, levou centenas de pessoas ao plenário, já que era público em todas as esquinas e casas da cidade que os vereadores governistas, capitaneados pelo Presidente Antônio Moura, iriam cassar o Vereador Didi (Arivaldo Ribeiro de Sousa – PC do B), atendendo determinação da Secretaria de Educação e do Prefeito Zé Filho, em razão da denúncia feita contra as condições de transporte escolar no interior do município.
A presença da população, claramente revoltada com a situação de descaso e abandono que se estende desde à coleta de lixo à educação e saúde, modificou radicalmente a disposição dos vereadores de atender ao prefeito Zé Filho e Veraneide de Brito Almeida, secretária de educação. O que se viu na sessão foi o comunicado do Presidente Antonio Moura aos vereadores que a secretária havia retirado a denúncia, que a denúncia não havia sido lida, mas que “quando quiser denunciar, saiba que se ler aqui não vou retirar! ”, quase chamando a secretária e o prefeito de medrosos.
O mesmo Antônio Moura, que um dia antes dissera “que ia colocar a denúncia em votação” acabou por dizer em relação à escola e ao transporte: “Tem muita coisa errada lá. Se continuar do jeito que está quem vai fazer a denúncia e assinar sou eu! ”
Todos os vereadores da situação foram no mesmo tom, ainda que não tenham ido tão longe quanto Moura. Uns dizendo que não havia disposição de cassação e outros defendendo o trabalho de Didi, todos respirando aliviados porque prefeito e a secretária desfizeram a ordem anterior quando perceberam a repercussão durante a semana entre a população.
Marcos Palmeira, dirigente do PC do B, advogado, líder político em Remanso, que acompanhou a polêmica de cassação comentou: “Pensar em cassar um vereador porque ele fez uma denúncia, comprovada, filmada e registrada é quase uma piada. Só na cabeça destes vereadores que devem até a alma a Zé Filho e tem de obedecer ao seu comando”.
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