A escolha do senador Fernando Bezerra Coelho (MDB-PE) como líder do governo Bolsonaro no Senado Federal, anunciada no final da tarde de ontem (19), não foi nenhuma novidade para quem milita nos meios políticos em Brasília e um coro de “eu já sabia” deve ter ecoado nos corredores da Câmara e Senado, já que o senador petrolinense tinha dois padrinhos fortes: O Ministro da Casa Civil, Onyx Lorenzoni e o Presidente do Senado Davi Acolumbre, os dois do DEM, partido onde Fernando Filho, filho do senador Bezerra, é filiado.
A nomeação e o prestígio demonstrado por Fernando Bezerra, ao tempo que abrem boas perspectivas para Petrolina, no que diz respeito à conquistas e verbas, deixam de “orelha em pé” os bolsonaristas petrolineneses, dentre eles o vereador Gabriel Menezes, um interlocutor do PSL local para demandas, que incluíam a possibilidade de possíveis nomeações para cargos federais na região.
Ontem mesmo, após o anúncio, o vereador Gabriel Menezes já se manifestou em nota publicada nas redes sociais lamentando a nomeação: “Eu gostaria muito de comemorar a indicação de um nordestino para a liderança do governo no senado, sobretudo por ser da minha cidade. Porém conhecendo a fundo o indicado, limito-me a registrar minha profunda indignação”, escreveu.
Gabriel finalizou a nota lamentando a decisão de Bolsonaro e fazendo uma mea-culpa na decisão de eleger o novo presidente: “Eis que chego ao fim do mesmo dia, com a indigesta e amarga contradição, renitentemente, me dizendo: Esqueça a nova política! Ela não existe”, finalizou.
A indicação de Fernando, pelo desenho político estabelecido, praticamente sepulta a ideia, por exemplo, de mudança de comando na 3ª Superintendência da Codevasf, que deve continuar sob o comando do MDB de Bezerra, do DEM de Fernando Filho e Antônio Coelho, além do prefeito Miguel Coelho. Alguém duvida?
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