Incentivar cada vez mais a locomoção que utiliza os meios físicos do ser humano para o deslocamento, a exemplo de caminhada, bicicleta e skate, de acordo com o conceito de mobilidade ativa. Esta é uma das propostas do Projeto de Reestruturação Urbana Acessível, que está em implantação no Campus Sede da Universidade Federal do Vale do São Francisco (Univasf), em Petrolina (PE).
Realizado pela Assessoria de Infraestrutura (Infra) da Univasf, a partir de discussões no âmbito da Comissão Permanente de Espaços Físicos (COEF), o projeto visa implementar readequações viárias para melhorar a mobilidade e acessibilidade e tornar o trânsito mais sustentável dentro do campus. Os outros campi também passam por obras de urbanização, que se encontram em diferentes etapas.
A reestruturação urbana do Campus Sede foi dividida em quatro etapas. A primeira, que está sendo feita desde o ano passado, é a instalação de balizadores, elementos utilizados para determinar o fluxo de veículos e ordenar o trânsito, no Centro de Estudos da Saúde (CES) – o prédio dos Colegiados, e na Reitoria; formalização de vagas de motos no pavimento térreo do CES; instalação de bicicletários nas proximidades de cada prédio e mecanização e adaptação dos portões de entrada de automóveis, que ainda será iniciada, pois atualmente, quando abertos, eles fecham o acesso dos pedestres. Os portões serão automatizados de maneira a facilitar o acesso, principalmente, de pessoas com deficiência.
Na segunda fase, com previsão para acontecer até o final do ano, será implantada a sinalização de trânsito vertical e horizontal e a construção ou demolição de passeios e canteiros, visando melhorar a mobilidade geral no campus. Também haverá a criação de uma ciclofaixa, que atravessará todo o campus, por seu eixo de circulação principal, ligando os dois pórticos de acesso à Universidade.
A terceira etapa será a construção de uma baia para parada de ônibus, próximo à entrada do campus Sede e de uma cobertura em parte dos estacionamentos de moto. Por último, haverá a instalação de totens de identificação dos edifícios, de pisos táteis direcionais e de alerta nos caminhos de pedestres e a construção de uma nova área de estacionamento para veículos, que ficará por trás da biblioteca.
De acordo com o assessor da Infra, Sérgio Motta, a mobilidade ativa é uma forma de transporte de pessoas que faz uso unicamente de meios físicos do ser humano para a locomoção como andar a pé, de bicicleta, de patins ou skate.
“A demanda surgiu da própria comunidade acadêmica e tem como objetivo aperfeiçoar a mobilidade dentro do Campus. Essas mudanças são importantes, porque fazem parte do conceito de mobilidade sustentável, que constitui o estado da arte em termos de mobilidade urbana e, desde que inserida com condições de segurança, revela-se ainda ser a mais barata, saudável e prática, levando em conta a extensão do Campus. Por isso, queremos influenciar a comunidade acadêmica a praticá-la, aproveitando para também melhorar o trânsito dentro do Campus. Além disto, o projeto visa despertar a atenção para o fato de que as leis de trânsito, às quais estamos acostumados a respeitar fora dos campi, também valem dentro deles”, afirma Motta.
Urbanização nos Campi – Os outros campi da Univasf também passam por processos de planejamento urbanístico. Em Senhor do Bonfim, encontra-se em execução o projeto de três novos prédios para o campus e a obra para execução da primeira etapa de urbanização, que dotará o campus de circulação, estacionamentos, requisitos de acessibilidade e conexão entre os prédios, esta última já com licitação em andamento.
Em Paulo Afonso, o primeiro prédio do campus definitivo está em fase final de construção e a previsão é de que a obra seja concluída em março. O projeto de urbanização do Campus Paulo Afonso prevê a construção da estrutura viária inicial, estacionamentos e a instalação de mobiliário urbano, além da ligação do novo prédio com a subestação de energia elétrica, também atualmente em construção.
No Campus Serra da Capivara, em São Raimundo Nonato (PI), foi elaborado um projeto para a instalação de requisitos de acessibilidade e construção da estrutura viária e calçadas. Em Salgueiro, já foram finalizadas as adequações na estrutura da Faculdade de Ciências Humanas do Sertão Central (Fachusc), onde irá funcionar o campus provisório na cidade e estão em desenvolvimento os projetos de urbanização e saneamento ambiental da área que sediará o campus definitivo, além do projeto do bloco acadêmico.
Já no CCA, destacam-se entre as ações a obra de urbanização do Hospital Veterinário Universitário (HVU) e um projeto de reurbanização do entorno do Núcleo de Ecologia e Monitoramento Ambiental (Nema) e do Centro de Biologia Vegetal (Cebive), este último ainda em início de construção. E no Campus Juazeiro, o projeto de reurbanização conta com a construção de estacionamentos, reestruturação do tráfego e requalificação ambiental da beira do rio São Francisco. E para dotar o campus da infraestrutura necessária de acessibilidade ao meio físico foi finalizado um projeto emergencial de rotas acessíveis, que está em fase de orçamentação e viabilização financeira.
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