A operação Acesso negado – Game Over, realizada pela Polícia Federal nesta terça-feira (12), nos estados de Sergipe, Bahia e Pernambuco, visando apurar denúncias de irregularidades em contratos firmados por prefeituras e o Instituto Sócio Educacional Solidariedade (ISES), rendeu a apreensão de farta documentação pelos agentes federais mobilizados na operação, em cidades como Canindé do São Francisco (SE), Salvador, Feira de Santana e Juazeiro, na Bahia, além de Petrolina (PE).
Em coletiva à imprensa o Delegado Marcio Alberto Gomes Silva – Chefe de Repreensão a Corrupção e Crimes Financeiros, da Polícia Federal, disse que foram cumpridos 18 mandados de busca e apreensão, nas diversas cidades incluídas na investigação. “O Ises, depois de contratar de maneira fraudulenta , sem que houvesse efetiva concorrência, fazia contratação de pessoas físicas e jurídicas que giravam em torno de um grupo econômico criminosos”, declarou.
De acordo com a PF os contratos fraudulentos em Canindé do São Francisco foram firmados entre 2013 e 2015, sem que houvesse uma contrapartida em serviços. O prefeito à época, Heleno Silva, do PRB, secretários municipais e a membros da comissão de licitação foram alvos da operação desta terça. O ex-prefeito, por telefone, já que está em Brasília, negou as acusações em entrevista à imprensa de Sergipe.
De acordo com o delegado Márcio Alberto “Só na conta da mãe do líder da organização foi levantada uma movimentação de 7 milhões de reais, não só de Canindé, mais de outros municípios que o Ises contratava”, informou, adiantando que os prejuízos ao erário público podem passar de R$ 50 milhões.
De acordo com o delegado a Polícia Federal solicitou o bloqueio das contas dos envolvidos para ressarcir os municípios fraudados. Ninguém foi preso na operação desta terça-feira, já que a justiça acatou os pedidos de busca e apreensão, mas negou os pedidos de prisão, disse a PF.
De acordo com a Polícia Federal, o Ises teria atuado em cerca de 10 municípios sergipanos, mas o eixo da organização criminosa está nos estados de Pernambuco e Bahia, em cidades como Juazeiro e Petrolina. Os envolvidos podem responder por participação em organização criminosa, desvio de obras públicas, fraude em licitação e lavagem de dinheiro.
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