Uma coincidência marcou a morte do jornalista Ricardo Boechat. É assim que se define o que ocorreu nesta segunda-feira (11). O jornalista Ricardo Boechat, morto em acidente de helicóptero, em São Paulo, fez um comentário de quase 10 minutos na rádio BandNews FM sobre a sucessão de tragédias no Brasil em 2019, cerca de duas horas antes da sua própria tragédia.
Boechat relembrou os casos de Brumadinho – que deixou 325 mortos, dos quais 160 ainda não foram encontrados – e do Ninho do Urubu – quando 10 crianças da base do Flamengo morreram em um incêndio. O jornalista alertou para que essas duas tragédias não fiquem no “ôba-oba”. “É preciso que as consequências sejam mais rápidas no campo da polícia, do Ministério Público. Depois é apoiado pelo esquecimento, da nossa velha tradição de deixar para lá e tocar adiante”, afirmou.
“Situações que são de responsabilidade do Estado, do campo da prevenção, do legislador, do judiciário. Quando a gente chora, sofre, lamenta o fato ocorrido ontem, a gente parece estar anestesiado ou gostar da anestesia que faz esquecer desse fato tão logo quando surge novo fato de amanhã, que terá o mesmo tratamento”, contou.
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