Conforme este Blog informou o crime ambiental de Brumadinho, Minas Gerais, atingiu também uma família de Petrolina. Ana Paula dos Santos tem dois filhos com Claudio Marcio, que desde a sexta-feira 26, dia do rompimento da Barragem não deu mais notícias. Claudio Marcio trabalhava na Vale onde era inspetor de máquinas. Ele consta na lista de desaparecidos.
A última informação que a família recebeu sobre Cláudio Márcio dos Santos foi por meio de um colega de trabalho que esteve com ele poucos minutos antes do rompimento da barragem. "Ele estava conversando com um amigo, que terminou o serviço, saiu e deixou ele, que ainda estava terminando o trabalho. Foi na hora que aconteceu o rompimento da barragem", contou Ana Paula.
Nesta sexta-feira 1, Ana Paula fará o cadastramento das famílias dos atingidos pelo rompimento da barragem do Córrego do Feijão, para receber a doação da Vale no valor de R$ 100 mil. O cadastro teve início na quinta-feira, 31, na Estação do Conhecimento, em Brumadinho. O atendimento se dá por ordem alfabética. Hoje serão atendidas as famílias dos atingidos com nomes iniciados em C e D.
A estrutura foi montada no subsolo da Estação do Conhecimento e são distribuídas senhas de acordo com a ordem de chegada. No local também há uma equipe do sindicato dos oficiais de registro de Minas Gerais, que tentam agilizar a emissão de segunda via de certidões (nascimento, casamento e óbito).
De acordo com uma das atendentes, Leila Xavier, as certidões ficam prontas no mesmo dia. “Geralmente, a segunda via da certidão de nascimento demora até 35 dias para ficar pronta e aqui conseguimos entregar em até quatro horas”, explica. Para fazer o documento, o familiar precisa informar o nome completo da vítima, filiação, data de nascimento e o cartório onde foi feita a primeira via do registro.
A Vale leva 48 horas pra avaliar a documentação. Se estiver conforme o texto prevê, levará três dias pra cair na conta. Para os familiares que não têm conta em banco, funcionários do Banco do Brasil estão no local para fazer a abertura e facilitar o processo.
O defensor público Gerio Patrocínio Soares faz um alerta aos familiares e diz que “a doação de R$ 100 mil proposta pela Vale não tem caráter indenizatório. Isso não é uma antecipação de indenização.”
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