O Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT) trabalha para a conclusão da implantação e pavimentação do Lote 2 da BR-235/BA. Atualmente, entre Jeremoabo (BA) e Canché (BA), a construtora Top Engenharia, executora da obra, realiza o serviço de terraplanagem em alguns pontos da rodovia, assim como a abertura de áreas na faixa de domínio. Restam apenas 12 dos 77,60 quilômetros de todo o Lote para serem asfaltados.
Com o intuito de preservar a fauna e a flora local, a Gestão Ambiental da BR-235/BA, executada pela Universidade Federal de Viçosa (UFV), acompanha as atividades de supressão de vegetação da obra. Na semana passada, a equipe acompanhou as ações em parte de um fragmento de terra, com vegetação densa, no povoado Bananeirinha, único trecho do Lote 2 que a construtora ainda não tinha realizado a abertura de área.
A atividade começa com o afugentamento e resgate da fauna. Animais de diversas espécies são afugentados ou capturados e soltos em áreas seguras para sobreviverem, de preferência em locais com passagem de água. Além disso, o acompanhamento, que é realizado pelo Subprograma de Supressão de Vegetação, realiza ações de orientação, controle e acompanhamento da limpeza vegetal.
O Subprograma que controla a supressão também faz o levantamento florístico da área a ser suprimida, além de orientar os operários a forma mais adequada de fazer a supressão vegetal. É realizado ainda o resgate de espécies vegetais nativas para posteriormente serem plantadas nas áreas degradadas.
"A limpeza vegetal é inevitável para a conclusão do empreendimento. Nosso acompanhamento evita que espécies da fauna e flora morram durante as atividades de abertura de área. O objetivo destas ações é minimizar os impactos relacionados à supressão de vegetação nos trechos de interferência das obras de pavimentação da BR-235/BA" acrescenta Jéssica Vieira, bióloga responsável pelo Subprograma de Supressão de Vegetação.
No ano passado, a equipe já havia feito o levantamento das espécies vegetais de Caatinga ocorrentes nas áreas sem pavimentação do Lote 2. A intenção foi de guardar os dados levantados, que poderão ser utilizados nas ações de recuperação das áreas degradadas pelo empreendimento. Vale ressaltar que o trabalho tem importância para a preservação da Caatinga, que tem grande parte do seu patrimônio biológico exclusivo, não sendo encontrado em outro bioma do Brasil ou planeta.
O Subprograma também executa a coleta de sementes de árvores nativas para a produção de mudas e posterior distribuição em áreas de intervenção do empreendimento ou doação. A equipe da UFV, abrangendo a Supervisão e Gerenciamento Ambiental e a Execução de Programas Ambientais, acompanha os processos da obra, conforme o Termo de Cooperação, firmado com o DNIT.
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