O decreto presidencial de 15 de janeiro de 2019, assinado pelo presidente da República Federativa do Brasil, o senhor Jair Messias Bolsonaro, polemiza o debate político social do momento, dividindo as opiniões. Posicionamento político ideológico à parte, mas, a decisão pode ter lá o seu aspecto político e social, pois, a nova decisão está dentro do propósito de combater à violência, já defendida na campanha eleitoral pelo então candidato.
Qualquer tipo de arma de fogo tem função objetiva de ferir, inclusive matar, a depender do desejo do portador e sua capacidade de atingir o alvo. Quando se atinge alguém com uma bala, ocorre posteriormente alguns tipos de problema - 1 contra a vítima e sua família, 2 contra o ator, 3 contra o Serviço Público de Saúde, 4 contra a Previdência Social 5 contra a economia (...).
O uso de arma de fogo por cidadão comum, já atingiu, atinge e continuará atingindo às pessoas vitimadas, sem escolha prévia de caráter, nem distinção de qualquer hipótese, o motivo é sempre pessoal, político e até profissional. Pessoas de boa conduta e vida ilibada também foram, são e serão mortas e mutiladas por essa faceta desse velho e grave problema social do Brasil. Com isso, pessoas vitimadas, quando mortas, foram, são e serão tiradas do processo produtivo e de consumo de bens, da condição de contribuinte do INSS, as que não morreram na hora ficaram internadas antes de ir a óbito e as que escaparam da morte fez, faz, farã ;o aumentar a procura por tratamento de saúde e uso do dinheiro público, num montante enorme que o SUS deve ter a soma disso. Os agressores, quando presos, têm direito ao benefício da Previdência Social de renda mensal para manutenção das suas famílias. Sem se falar no desgaste psicossocial que prejudica a vida do conjunto das famílias envolvidas.
As quadrilhas têm "escolas" de estudo, definição e planejamento dos tipos de roubo com sucesso, e em caso de uso de arma de fogo são orientados a não dá qualquer chance às vitimas. Eles agem sempre se apresentando às pessoas quando estão descuidadas, para evitar ou superar a qualquer reação com arma. Para que a chance dos meliantes atirar primeiro seja sempre muito maior. As instituições de polícia, orientam sempre as pessoas a não reagir ao ser assaltada.
Adquirir uma arma de fogo não é fácil, alem da burocracia o valor é muito elevado se considerar o poder de compra do povo. Um revólver novo de calibre 38 custa R$ 1.000,000 (um mil reais) no mercado livre e pelo menos 90% (noventa por cento) da população não tem esse valor disponível para a compra de arma, diante de tantas necessidades de comprar os bens de consumo do dia-dia.
Autoridades diversas estão se posicionando a favor e contrário ao uso de arma para combater a violência, representantes do governo, ou opositores ale, inclusive, o Papa Francisco desde o ano passado pede "o fim das armas para que o mundo não viva com medo da guerra". Há que já dissesse que: "o decreto não garante o controle da venda de arma, fortalecerá o comércio ilegal de arma, aumentará os crimes de feminicídios, ampliará os crimes pelo preconceito contra pobres, negros, mulheres, gays".
Portanto, o melhor jeito para se combater à violência é através da Educação com método avançado, estrutura adequada, acessível a todos, a promoção de Políticas Públicas em geral com programas sociais e obras úteis que garantam o exercício pleno da cidadania, inclusive, emprego para todos com renda digna.
Laurenço Aguiar do Nascimento
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