Uma condenação inédita no Brasil. A Justiça do Trabalho condenou a Arquidiocese da Paraíba a pagar uma indenização de R$ 12 milhões por casos de exploração sexual contra menores de idade. Padres e até o ex-arcebispo estão envolvidos no escândalo. A denúncia foi feita em 2014, através de uma carta. Era para ela ficar dentro da Igreja, mas acabou indo parar na Justiça e resultou na situação atual. O Fantástico conversou com a autora.
A reportagem do Fantástico mostrou que o ex-Arcebispo da Paraíba, Dom Aldo Pagotto, os padres Rui Braga, Jaelson e Severino Melo e o monsenhor Ednaldo seriam os sacerdotes investigados nos casos de exploração sexual que tramitam no Ministério Público do Trabalho da Paraíba (MPT-PB). A Arquidiocese da Paraíba foi condenada a pagar indenização de R$ 12 milhões, uma decisão inédita no Brasil.
O procurador Eduardo Varandas falou ao Fantástico que no processo consta que os sacerdotes pagavam lanches e em dinheiro para fazer sexo com coroinhas e com flanelinhas que ficavam em frente ao prédio da Arquidiocese da Paraíba. Um dos entrevistados, um ex-seminarista, disse ao Fantástico que Dom Aldo lhe fez uma proposta: "Por que você não aproveita que estamos aqui só nós dois e fazemos aquilo que é melhor para os dois?"
Toda a denúncia foi motivada pela carta de uma frequentadora da Igreja Católica na Paraíba, em que ela relatava o que ouviu sobre o envolvimento dos padres com os jovens. Ela contou que muitos eram apelidados, por exemplo, de Louca da Diocese, Monja Vanessa.
Os religiosos negaram as acusações quando indagados pela Justiça. A Arquidiocese do estado enviou nota ao Fantástico dizendo que não comenta os aspectos do processo judicial. Dom Aldo disse que não participaria da reportagem e respondeu que os padres acusados de pedofilia foram inocentados em 2017.
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