Nesta segunda-feira (21), Lucia Motta, mãe de Beatriz, concedeu entrevista à Rádio Ponte Fm e falou de seu sentimento com o andamento das investigações, das saudades que sente da filha e reafirmou que deve transferir o cadáver (despojos mortais) de Beatriz para Petrolina este ano 2019.
"A memória de Beatriz pertence ao Vale do São Francisco. Ela vai ganhar um memorial em Petrolina", declarou Lúcia ressaltando que "na ocasião da morte, o corpo da filha foi enterrado numa área privativa da família, em Juazeiro, no povoado Lagoa da Pedra".
No mês de dezembro a redação deste Blog esteve no cemitério de Lagoa de Pedra. Veja aqui.
"Enquanto eu viver, enquanto eu tiver vida e saúde, pode ter certeza que eu vou lutar todos os dias da minha vida. Eu quero saber quem fez isso com a minha filha, o que motivou essa tamanha crueldade e essas pessoas serão, sim, punidas. Porque nós não vamos desistir, nós não vamos cansar", disse Lucia.
Ela também apelou para quem tiver alguma informação à respeito do acusado de apagar as imagens do sistema de segurança do Colégio, Alisson Henrique, que para a justiça está foragido, ligue 81 9 86501229, o sigilo é garantido.
No mês passado o Tribunal de Justiça de Pernambuco (TJPE) decretou a prisão preventiva de um funcionário da escola em que a menina Beatriz Angélica foi assassinada com 42 facadas, em dezembro de 2015. Alison Henrique é acusado de ter apagado as imagens do circuito interno da câmera de segurança da instituição de ensino.
A mãe de Beatriz, Lúcia Mota, após a decisão passou mal e foi encaminhada ao posto médico do TJPE e, em seguida, encaminhada a um hospital particular do Recife.
Durante o protesto, o pai da menina Beatriz, Sandro Romilton, questionava o porquê de as imagens terem sido apagadas, dias depois do crime. De acordo com ele, mesmo com o pedido da polícia das imagens e para que ninguém tivesse acesso às dependências da escola, o funcionário responsável pelo sistema de segurança entrou e apagou as imagens.
"Não somos irresponsáveis de apontá-lo como o autor do crime, mas ele contribuiu para que o assassino não fosse descoberto", completa Sandro.
O inquérito conta atualmente com 19 volumes e mais de 4 mil páginas e está sob a responsabilidade do Ministério Público de Pernambuco (MPPE).
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