Cerca de 60 famílias que há nove meses estão acampadas na antiga fazenda São Francisco estão sofrendo com ameaça de despejo que deve ser cumprida na quarta feira (16). Os trabalhadores rurais afirmam que os dias 'seguem com muita tensão no local".
O site do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), informa que a liminar, expedida em maio de 2018, ignora o processo de compra da fazenda encaminhado pelo Programa Nacional de Credito Fundiário, a tramitação certifica que a fazenda em questão está em negociação entre o governo do estado e verdadeiro proprietário.
Ainda de acordo com o MST, a "empresa, que antes da ocupação havia abandonado a fazenda por cerca de dois anos, produzia manga em grande escala, mas desativou a lavoura após parar de pagar seus funcionários". Por conta dessa ação a empresa possui atualmente 70 processos trabalhista abertos no Ministério Público.
Para além da produção, há outros aspectos que preocupa as famílias ali acampadas, a moradia e escola para os seus filhos. Hoje dentro do acampamento funciona escola com alunos de educação infantil, fundamental 1 e Educação para Jovens e Adultos (EJA), que pode ser interrompida por conta do despejo.
“A forma como o processo está sendo conduzido é arbitraria, estamos lutando por uma terra que não é da empresa Moxx Frutas Tropicais LTDA e até hoje não fomos ouvidos”, explica Lidiane Gomes, da direção estadual do MST.
“Os acampados voltaram a sonhar e a viver dignamente com condições reais de existência, proporcionando alimento saudável e ensino de qualidade para seus filhos, sabemos que essa ação está cheia de irregularidades, e, por isso, continuaremos a resistência, finaliza.
A redação deste Blog não conseguiu contato com a empresa Moxx Frutas Ltda.
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