A violência, as agressões, a intolerância e os furtos em um terreiro de candomblé em Barra do Pojuca, no município de Camaçari, na Região Metropolitana de Salvador (RMS), deixaram o deputado federal Valmir Assunção (PT-BA) perplexo e indignado.
Para o parlamentar a situação é grave e deve ser investigada com celeridade para coibir a intolerância religiosa que afeta inúmeros centros e terreiros na Bahia. Ele repudiou o caso e defendeu a liberdade de cultos de religião de matriz africana, além de cobrar mais segurança em Camaçari. Esse caso foi registrado no último sábado (12) e deixou ao menos duas pessoas feridas.
"Era uma noite festiva, destinada ao pai de todos os orixás, um momento sagrado a Oxalá. O terreiro Ilê Axé Ojisé Olodumare [Casa do Mensageiro] foi invadido por cerca de seis homens armados que agrediram o babalorixá da casa e um fotógrafo que fazia a cobertura do evento. Eles receberam coronhadas na cabeça e chegaram a ir para unidade de saúde receber pontos. Quem estava no local ainda teve seus pertences, como celulares e outros objetos roubados. Um veículo também foi levado. Isso é um absurdo, um local sagrado sendo invadido desse modo, repudio e vou cobrar investigação para que isso não se repita", frisa Valmir.
Conforme dados, esse caso é acompanhado pela delegacia de Monte Gordo, em Camaçari. Assunção disse ainda que a festa era aberta ao público e que era o retorno das atividades do terreiro em 2019.
"Tudo isso sendo feito com os homens difamando a imagem do candomblé, eles eram contra a festa e deixaram isso evidenciado na ação", completa. Representantes do terreiro registraram o caso no Centro de Referência de Combate ao Racismo e à Intolerância Religiosa Nelson Mandela, mantido pela Secretaria estadual de Promoção da Igualdade Racial (Sepromi), além de procurar o Ministério Público da Bahia (MP-BA).
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